Câmara vai investigar os servidores que apenas batem ponto, mas não trabalham


O presidente da Câmara Municipal, Professor Jesus (DEM), instaurou uma comissão de sindicância para apurar a denúncia de servidores do Legislativo que batem o ponto e vão embora sem trabalhar. O grupo, formado pelos servidores Jefferson Correia Lima, Renata Silva Moreira, Sueli Ferraz Garcia Kehrle e Ana Paula Liessi, terá 30 dias para concluir os trabalhos.

A denúncia foi feita através de reportagem veiculada no SBT no último dia 21 de novembro. Na ocasião, três funcionários foram flagrados batendo cartão e indo embora sem trabalhar. No fim do dia, voltam para bater o ponto, completando a fraude e fingindo que trabalharam o dia todo.

Eles recebem salários entre R$ 7 mil e R$ 9 mil, sendo que um deles chegou a ser visto em um bar durante o horário do expediente. Ao todo são 38 funcionários públicos não concursados que recebem salários há mais de 30 anos, antes da atual Constituição Federal que instituiu o concurso público a fim de que se tornasse a única forma de se tornar funcionário público.

Em 2015, os vereadores criaram uma lei para garantir os cargos dos “funcionários-fantasmas” e os pagamentos, a Justiça derrubou a lei por entender que a mesma fere a Constituição do país, e a Prefeitura recorreu. Enquanto não há uma decisão definitiva sobre o caso pelo Supremo Tribunal Federal, os parlamentares criaram uma “nova lei” onde repetiram a lei anterior, mudando apenas algumas palavras, como o nome dos cargos, para manter a farra dos fantasmas. O Ministério Público investiga o caso.

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