Castelo Hanssen, poeta e jornalista, morre em Guarulhos; sepultamento ocorreu na Vila Rio

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O jornalista, escritor e poeta Castelo Hanssen, de 78 anos morreu na manhã desta sexta-feira (6) no Hospital Geral de Guarulhos (HGG). Ele lutava há anos contra o  diabetes. O velório teve início nesta sexta-feira (6) às 20h na Aespe (Atendimento Especial ao Esquife), no bairro do Picanço; já o sepultamento aconteceu no sábado (7), às 9h, no Cemitério da Vila Rio.

Fundador e ex-presidente da Academia Guarulhense de Letras (AGL), Castelo dedicou sua vida ao jornalismo e à cultura na cidade. Sua morte repercutiu entre amigos e admiradores. “Estamos muito triste, um dos maiores poetas da nossa cidade nos deixou depois de uma intensa batalha pela vida. (…) Ele colaborou com os jornais da cidade, incentivava constantemente os jovens a escrever com seus magníficos saraus. Deixa-nos um legado cultural muito importante, digno de ser exemplo para quem quer se aventurar na arte das coisas da escrita. Gratidão, Castelo! ”, disse emocionada a presidente da AGL, Antonia Vaz.

O jornalista Valdir Carleto, também acadêmico da AGL, lamentou a morte do amigo. “Castelo tanto podia escrever uma matéria sobre um buraco na rua como um editorial sobre a política nacional, sobre a política local ou escrever um artigo que falasse da cultura. O melhor ser humano com quem eu já tive oportunidade de conviver, a cultura da cidade deve muito ao Castelo Hanssen. (…) ele é uma grande perda para cidade, uma grande perda para a cultura e a única coisa para aliviar essa dor, é que ele estava sofrendo muito, não estava vivendo na melhor acepção da palavra há muito tempo”.

“Castelo cumpriu sua missão lindamente. Deixou um grande legado e sempre será um grande exemplo”, resumiu a escritora e ex-presidente da AGL, Isabel Borazanian.

Castelo nasceu em São Paulo e passou parte de sua infância em São Bernardo do Campo e adolescência em Mauá, na região metropolitana de São Paulo. Já na região do Grande ABC, atuou no jornal Correio Metropolitano e então mudou-se para Guarulhos, onde trabalhou na Folha Metropolitana no fim da década de 70.

Por promover inúmeros saraus, acabou por revelar muitos talentos na arte da escrita através do Grupo Literário Letra Viva. Foi autor de Guarulhos Trajetória Cultural, tornando-se assim um grande nome na cultura de Guarulhos. Como jornalista trabalhou por muitos anos no Jornal Olho Vivo e de maneira descontínua na Folha Guarulhense, assinando com pseudônimo de Ari Casagrande.

Acometido de diabetes, sua visão foi prejudicada e acabou aposentando-se por invalidez no final dos anos 1990. Logo após atuou como colaborador, publicando artigos em vários veículos de comunicação, incluindo o Diário de Guarulhos e a Folha Metropolitana.

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