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Jovem de 15 anos desaparecida no Lavras era mantida em cárcere privado em Cotia

Uma adolescente de 15 anos, que havia desaparecido na região do Lavras no dia 10 de dezembro, por volta das 10h, foi encontrada por policiais militares do 31° batalhão dentro de uma residência localizada na Estrada do Padre Inácio, n°2210, na cidade de Cotia, onde segundo a PM, a jovem era mantida em cárcere privado por Sidnei Ferreira de Souza, que trocava mensagens com a vítima há cinco meses pelo Facebook, de acordo com informação da mãe da jovem, Nilzete de Jesus Alves.

A família solicitou a PM no dia do desaparecimento, após imagens de um estabelecimento próximo ao local mostrarem um indivíduo de camiseta branca e calça preta saindo abraçado com a jovem, onde passaram pelo posto de gasolina localizado na Estrada do Saboó. A polícia realizou buscas pelo local, contando com a mobilização de mais de 70 pessoas, além do apoio do helicóptero Águia e do efetivo do canil, porém nada foi encontrado.

Após quase dois dias de buscas, a equipe de inteligência do 15° batalhão com o apoio da Força Tática de Cotia, encontraram a jovem nesta última segunda-feira (11), além de prender o suspeito que teria confessado delito para a PM. Durante buscas realizadas no interior da residência, foram apreendidos um computador, HD externo com material de pedofilia e pornografia, junto com registros e vídeos de conversas com outras vítimas.

A vítima foi encaminhada para o Hospital Pérola Byton, para a realização exames médicos, e o caso foi registrado na Delegacia Central da Polícia Civil de Cotia como estupro de vulnerável e cárcere privado, com o suspeito permanecendo preso. A PM afirma que o indivíduo se apresentava pela rede social e a grande maioria das vítimas eram crianças e adolescentes.

Mãe afirma que filha conversava com suspeito há cinco meses

A mãe da vítima, a dona de casa Nilzete de Jesus Alves, 43, revelou ao HOJE que a filha passa bem e que o suspeito teria ameaçado a jovem caso ela não optasse em acompanhar ele. “Ela conversava com ele pelo Facebook há cinco meses”, afirmou.

Segundo Nilzete, sempre acompanhou a filha nas questões de rede social, porém, em nenhum momento a vítima teria falado sobre o suspeito. “Às vezes eu pegava o celular dela para dar uma olhada, porém, os registros eram de jogos online”, revelou destacando que a filha sempre foi muito quieta e caseira.

Reportagem: Ulisses Carvalho
ulissescarvalho@grupomgcom.com.br