Guarulhos Hoje

Peterson Ruan prevê muito trabalho para colocar Guarulhos nos trilhos

Antônio Boaventura

antonio.boaventura@guarulhoshoje.com.br

Ex-secretário da Fazenda e agora secretário de Governo, Peterson Ruan entende que o governo do prefeito Guti (PSB), ainda, terá muito trabalho para colocar o município nos trilhos. O dirigente da administração pública também ressaltou o cenário que os gutistas poderão enfrentar com a proximidade do processo eleitoral, além de entender que o chefe do Poder Executivo está em um partido incompatível com seu perfil político. 

“O balanço que faço é o de muito trabalho. A administração pública depende de tempo, momentos e oportunidade de conveniência do gestor. E nesses dois anos, o prefeito com sua equipe, alguns já desembarcaram do governo por suas razões, mas ele continua trabalhando pra colocar Guarulhos nos trilhos”, disse Peterson Ruan.

Filiado ao Cidadania, antigo PPS, Ruan acredita que as características políticas do prefeito Guti não são compatíveis com a do PSB, seu atual partido. Ele justificou seu entendimento destacando que na gestão do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, o PSB em conjunto com o PCdoB eram aliados do PT.

“A história demonstrou que o PSB e o PCdoB no governo do Lula foram usados para movimentar parlamentares de outros partidos que não eram da base aliada. Agora, se falarmos da Bahia pra cima o PSB, PCdoB e PT é um bom partido. Mas, no sudeste pra baixo, eu acho que o movimento é centro-direita”, explicou.

Em sua avaliação, além da preocupação em solucionar os problemas da cidade é preciso se preocupar com possíveis boicotes às ações governistas por conta das preferências partidárias de parte dos funcionários concursados da administração pública. O mesmo aponta o trabalho de secretários e do próprio prefeito como antídoto para combater essa mazela.

“Guarulhos tem uma peculiaridade de anos e anos de outros governos, que alguns funcionários têm suas agremiações partidárias e a hora que está chegando uma eleição às coisas vão se definindo e elas vão saindo do armário e acaba ocorrendo os boicotes”, concluiu.