Guarulhos Hoje

Coluna 35

Reflexão

As eleições desta última semana não deram um sinal muito positivo para os parlamentares da cidade. Dispostos a alavancar suas carreiras políticas, 16 vereadores lançaram candidaturas tanto para deputados federais como estaduais, mas o resultado foi negativo. Guarulhos já vivenciou outros períodos em que tinha uma bancada com 4 deputados na Assembleia Legislativa e 3 na Câmara Federal. Hoje, apenas Alencar Santana manteve-se em Brasília e, em São Paulo, Jorge Wilson e Nakashima também foram reconduzidos aos cargos aqui em São Paulo. Embora os discursos sejam dos mais variados e sempre mantendo o tom de agradecimento aos votos recebidos, certamente a decepção das urnas cravou forte em todos os que ficaram de fora. Culpa da população que não vota em candidatos de Guarulhos ou culpa da classe política da cidade que não parece estar merecendo esse crédito?

Sem parecer

Mais uma vez a Câmara deixou de votar 10 itens que não tinham parecer das Comissões e a grande pergunta é: O que estão fazendo essas comissões afinal? Nada é a resposta mais condizente com essa realidade. O discurso de que vereadores não trabalham apenas em dias de sessão deveria ser correto, mas, por conta dessas recorrentes ausências de análise em projetos, significa que alguma coisa não está funcionando como deveria na Casa de Leis. Ah! Não dá para jogar na conta da eleição, uma vez que isso vem acontecendo a longo tempo. O chefe do Legislativo deve começar a pensar, pelo menos, advertir esses parlamentares.  

Agência

Não é de hoje que esta Coluna faz criticas à secretaria de Comunicação da Câmara. O custo chega a pouco mais de R$ 7 milhões por ano, para pagamento de 40 funcionários que recebem gordos salários, sem que se preste um serviço relevante e que justifique esse gasto. A finalização do contrato com a agência de publicidade poderia corrigir esse problema, mas o processo continua estacionado no Tribunal de Contas do Estado (TCE), sem a menor justificativa. Esta coluna analisou vários contratos semelhantes, com processos licitatórios idênticos, mas o TCE não se manifesta nem a favor, nem contra. Um mistério total. O problema, no entanto, reside no preciosismo que o Legislativo tem em cobrar, de modo mais enérgico e efetivo os conselheiros do Tribunal, afinal, serão esses mesmos conselheiros que aprovarão ou rejeitarão as contas da Casa.    

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