Antônio Boaventura
Com propósito de automatizar e modernizar o sistema de transporte público, a prefeitura no ano passado colocou em prática dois modelos de pagamento para a tarifa de ônibus. Ou seja, um valor para quem utiliza o Bilhete Único (R$ 4,30) e outro para pagamento em dinheiro (R$ 4,70). No entanto, apenas 11% dos passageiros utilizaram no ano passado o cartão para pagar sua passagem.
De acordo com a secretaria de Transportes e Mobilidade Urbana (SMTU), os coletivos de transporte do município transportaram em 2018 pouco mais de 144 milhões de passageiros. Destes, 16 milhões utilizaram o Bilhete Único para pagar suas passagens, enquanto outros 41 milhões custearam o seu transporte com o vale-transporte. Em contrapartida, 17 milhões de usuários optaram por pagar a passagem com dinheiro.
Atualmente, o sistema de transporte coletivo da cidade conta com 866 veículos distribuídos em 111 linhas. O governo municipal também revelou que o custo anual para manter o transporte público é de R$ 424.152.811,00. O orçamento previsto para aplicação em ações daquela pasta para este ano é de R$ 201 milhões com R$ 35 milhões para subsidiar o sistema.
A administração pública ressalta que a opção de trabalhar com dois valores para pagamento da passagem é uma alterativa para reduzir o custo da operação que o recebimento de valores exige até a sua conclusão, que se dá com a chegada do dinheiro á alguma instituição financeira para depósito.
Ela também não descartou a possibilidade de eliminar a função do cobrador dos ônibus municipais. A prefeitura justifica que o objetivo de automatização da utilização do sistema é benéfico por conta da visibilidade da demanda. Este objetivo aumentou em 23,3% a utilização do Bilhete Único.
Isso identifica uma tendência do comportamento dos passageiros e uma melhora em todo o sistema. O governo municipal ressaltou que não existe nenhum perigo ou risco. O principal objetivo é apenas a automatização do pagamento da passagem.
Foto: José Luiz/PMG
