Antônio Boaventura
Inaugurado com pompa em setembro de 2006 com investimento em torno de R$ 25 milhões, o Hospital Municipal Pimentas–Bonsucesso (HMPB) é alvo de contestações em relação ao atendimento prestado á população. Apesar da Associação Paulista para Desenvolvimento da Medicina (SPDM) alegar que a prestação de serviço encontra-se normal, acompanhantes de pacientes questionam.
“Meu pai teve um problema e começou a vomitar sangue e não tinha ninguém próximo. Faltou amparo e no quarto tem mais quatro pessoas. Nenhum médico apareceu e não tinha nenhum enfermeiro. Não me falaram nada, apenas que o hospital é muito grande e tem muita gente toda hora, e que o atendimento não é exclusivo”, reclamou a desempregada Micaele dos Santos, 24 anos..
A SPDM ressalta que o pai de Micaele não possui nenhum resultado de exame pendente ou registrou atrasos na realização ou entrega de resultados de procedimentos.
Já a acompanhante Claudene Aquino, 43, que preferiu não revelar o nome do paciente que acompanha, reclamou da demora para a realização de exames. Ela contou que a administração do hospital ou o corpo clínico encarregado pelo atendimento não lhe deram nenhuma justificativa sobre a demora.
O HOJE esteve na manhã desta quinta-feira (11) no hospital e o paciente acompanhado por Claudene ainda não havia realizado o exame solicitado pelo médico. Mas, a SPDM confirmou horas depois a realização do exame.
A previsão informada para realização de exames para pacientes, internados ou não, varia por diversos motivos, como o tipo de exame a ser realizado, sua complexidade e se o procedimento é realizado ou não na unidade, dependendo de agendamento via Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde (CROSS), por exemplo, segundo explicou a SPDM.
A administração do HMPB conta com equipe multiprofissional completa, dimensionada para atender a demanda de forma adequada, conforme pactuado com a Secretaria Municipal de Saúde de Guarulhos. O SAU da unidade encontra-se à disposição dos usuários para o atendimento de demandas e quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários. A prefeitura não se pronunciou sobre o assunto.
Foto: Ivanildo Porto
