Reportagem: Ulisses Carvalho
O projeto da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) prevê a ampliação do Terminal Metropolitano do Parque Cecap, devido a possível implantação do BRT Metropolitano Perimetral Leste, que é o corredor de ônibus que ligará a cidade de Guarulhos até a região do ABC paulista.
“A proposta de ampliação do Terminal Metropolitano Cecap, em Guarulhos, faz parte do projeto BRT Metropolitano Perimetral Leste que está sendo reavaliado pela EMTU/SP”, destacou em nota a empresa, que quando questionada pelo HOJE não informou sobre a movimentação de usuários no terminal e também o número de linhas de ônibus que passam pelo local.
A licitação para as obras do corredor foi revogada durante o ano passado pela empresa, alegando o equacionamento das questões ligadas as desapropriações, além da adequação de ciclovia. “O principal objetivo é garantir a infraestrutura de transporte necessária para aprimorar a mobilidade da população em seus deslocamentos nas regiões metropolitanas do Estado de São Paulo”, informou.
Segundo a empresa, os estudos em conjunto com a Secretaria de Transportes Metropolitanos, priorizam os empreendimentos que se encontram em fase adiantada de execução. Essa obra do corredor seria dividida em dois trechos, sendo o primeiro em Guarulhos, além de mais 7,7 km de adequação viária entre os trechos da avenida Monteiro Lobato e rodovia Ayrton Senna. O segundo trecho deverá percorrer a avenida Jacu Pêssego, com 14, 4 km de extensão, previsto para chegar até o Terminal Metropolitano de São Mateus, no limite com a cidade de Santo André, no ABC paulista.
Associação do Parque Cecap teme que ampliação do terminal possa afetar ‘Campo do Panelão’
A Associação Desportiva do Panelão, que atualmente cuida do campo conhecido como ‘Panelão’, localizado na rua Professora Maria Del Pilar Munhoz Bononato, no Parque Cecap, realiza o trabalho de zeladoria, além de projetos sociais com crianças, e teme que essa ampliação do terminal pela EMTU possa afetar uma das áreas de lazer do bairro. “Nós tivemos uma reunião com eles no ano passado, e uma de nossas reinvindicações é que o campo não se torne um canteiro de obras”, revelou Leandro Ferreira, 36, presidente da associação.
De acordo com Ferreira, após essa reunião na qual a associação chegou a mostrar um projeto básico para a empresa, com o objetivo que não afetasse o campo de futebol e também as três quadras, que atualmente atendem 20 crianças que recebem aulas de basquete gratuitas. Segundo o presidente, a ampliação do terminal iria afetar o campo e as quadras seriam mantidas.
“Não teve mais nenhuma reunião, principalmente agora com a troca de gestão. Em média, no final de semana, 500 pessoas utilizam o campo. Estamos fazendo as melhorias, e nós queremos adequar com as necessidades do projeto, já que temos ações na parte educacional, com escolinha de futebol para as crianças, futebol feminino e o Projeto Iris, com aulas de música e reforço escolar”, afirmou Ferreira, sobre o campo que existe desde a década de 1970 no bairro.
Foto: Ivanildo Porto
