Onde está o gás? Petrobrás revela redução de 10% do preço médio do gás de cozinha nas refinarias

Gás de cozinha teve redução de 10% nas refinarias - Crédito: Ivanildo Porto

Antônio Boaventura
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Desde a intensificação da pandemia provocada pelo Covid-19, não somente itens de higiene como Álcool em Gel e máscara apresentaram problemas na produção, distribuição e comercialização dos mesmos. O gás de cozinha também foi outro insumo que sumiu dos pontos de vendas e quando encontrado havia indícios de abuso econômico em seu preço unitário. Diante deste cenário, a Petrobrás revelou que foi necessário adquirir o GLP de outros países para suprir a demanda interna, e que vai reduzir o valor em 10% nas refinarias.

“Comprei o meu gás na revendedora do Lavras [SupergasBras] e o rapaz que trabalha lá disse que só está faltando por que a população começou a comprar 3, 4, e até mesmo 10 [unidades] de uma vez com medo de faltar nos próximos meses. E quem acaba sofrendo somos nós que mau temos um botijão de gás. Quando o da gente seca, sofremos como foi meu caso que fiquei 24 horas sem gás. Detalhe, tenho 2 filhos pequenos”, declarou Leidjane Souza.

Com a alta demanda, a Petrobrás revelou que está reforçando o seu estoque, através, de compras adicionais. E que as importações serão adicionadas às produções atuais das refinarias localizadas na região Sudeste. Entretanto, estão previstas a chegada de três navios no porto de Santos (SP) para os dias 06 e 10 do próximo mês. A primeira remessa chegou na última segunda-feira (30). Cada embarcação tem capacidade para transportar cerca de 20 milhões de quilos de GLP (equivalente a 1,6 milhão de botijões P13).

A estatal reforça que não há qualquer necessidade de estocar GLP neste momento, pois não haverá falta de produto para abastecer a população. Desde esta terça-feira (31), o preço médio nas refinarias da Petrobras será equivalente a R$21,85 [desconto de 10%] por botijão de 13kg. No acumulado do ano, a redução é de cerca de -21%. A Petrobras conta com as distribuidoras e revendedores para que essas reduções do preço do botijão de gás cheguem até o consumidor final.

Em algumas localidades da cidade foi possível encontrar a unidade deste insumo por R$ 170. Os bairros com maior queixa da prática abusiva de preços são: Pimentas, Vila Any, Parque Alvorada, Parque Continental I, II e III, Jardim Moreira e Jardim Rosa de França. Neste bairros, os consumidores ouvidos pelo HOJE relatam que o valor cobrado chega até R$ 100, quando há produto para comercialização nestes estabelecimentos.

“Estão vendendo por R$ 100 um botijão. Fui comprar um gás na porta da distribuidora que estava por R$ 70, disseram que não tinha. Mas, eu vi muitos botijões lacrados e pediram pra ligar depois de uma hora pra ver se já tinha chegado gás pra venda. Quando liguei disseram que tinha e que ficaria R$ 100 para entregar”, relatou Edmilson Almeida, 39 anos, técnico em telecomunicação.

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