Apesar da conclusão em dezembro do ano passado de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI), que teve como propósito analisar a postura do GRU Airport, gestor responsável pela administração do Aeroporto Internacional de São Paulo-Guarulhos, em Cumbica, em relação à legislação municipal, uma nova CEI foi aberta para tratar do tema.
No entanto, os novos integrantes encontram dificuldades para contar em suas reuniões com representantes da concessionária e ameaçam acionar a Justiça para o comparecimento dos gestores.
Entre os pontos debatidos entre os vereadores está o acordo firmado na comissão anterior para que a Vigilância Sanitária municipal possa fazer a fiscalização dos estabelecimentos comerciais existentes nas dependências do aeroporto. Segundo o vereador João Dárcio (Podemos), os agentes municipais estão sendo impedidos de fazer o seu trabalho na zona aeroportuária.
“O GRU Airport deve responsabilidades à cidade. Ela tem obrigatoriamente que cumprir as regras da nossa cidade. Ela se vale que não deve satisfação a cidade. Ela age com flagrante desrespeito a Guarulhos e nós não vamos deixar que isso aconteça. Já houve uma CEI e várias situações foram elencadas, acordos foram firmados e ela não cumpriu os acordos”, esbravejou João Dárcio.
Na comissão anterior foram debatidos temas como o fechamento da ponte sobre o rio Baquirivu-Guaçu e a falta de acessibilidade dos cadeirantes, qualidade da água, embaraço à fiscalização, licenças de funcionamento e Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB); e ainda o Imposto Sobre Serviços (ISS) e o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) devidos pela concessionária e demais estabelecimentos na zona aeroportuária.
“Eu acho que a relação do GRU Airport com a cidade já passou dos limites. É uma sensação de impotência”, disse o líder do governo, vereador Eduardo Carneiro (PSB).
