Falta de ar-condicionado pode comprometer tratamento de pacientes do Hospital Geral

- PUBLICIDADE -

Antônio Boaventura

[email protected]

Independente da esfera administrativa, os serviços relacionados à saúde pública estão entre os mais lembrados pela população quando o assunto é a sua avaliação. E com o Hospital Geral de Guarulhos (HGG), administrado pelo governo do estado, não é diferente. Acompanhantes de pacientes ouvidos pelo HOJE reclamaram da infraestrutura da unidade hospitalar.

Segundo as denúncias, os pacientes sofrem com a falta do ar-condicionado em algumas alas, inclusive na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), o que pode comprometer o tratamento.

Médicos entrevistados garantem que a ausência do equipamento, em especial na UTI pode ser prejudicial aos pacientes. O ar-condicionado mantém a temperatura adequada, além de ser um mecanismo para evitar uma infecção hospitalar. Assim, o hospital estaria infringindo a legislação da arquitetura hospitalar.

O motorista Jean Santos, 33 anos, confirmou a condição estrutural da unidade e revelou que este cenário se estende ao local destinado para atendimento infantil. “A estrutura não é das melhores, mas estamos levando. E o ar-condicionado não tem mesmo, além de muita coisa quebrada na ala dos bebês”, explicou.

Já Juliana Amorim, 41, também revelou inexistência de equipamentos estruturais nas dependências do HGG, porém, entende que o atendimento profissional pode ser considerado de boa qualidade. “Não tem ar-condicionado. Apesar de não ter uma estrutura que atenda melhor os pacientes, o atendimento e a atenção dos profissionais posso dizer que é boa”, disse.

Em junho do ano passado, o casal Suelen Estrela e Cláudio Jesus apontou negligência do hospital no caso envolvendo a filha do casal, que já teria nascido morta durante um parto realizado naquela unidade de saúde. O HGG afirmou naquele momento que devido ao quadro de diabetes gestacional, tratava-se de uma gestação de risco.

O HOJE procurou a secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, mas não obteve resposta sobre o caso destacado, até a conclusão desta edição.

Foto: Ivanildo Porto

- PUBLICIDADE -