Caso Gritzbach: Justiça Militar condena 11 PMs por segurança ilegal a empresário

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A Justiça Militar de São Paulo condenou, nesta quarta-feira (17), 11 policiais militares acusados de prestar serviços ilegais de segurança privada ao empresário Antônio Vinícius Gritzbach, investigado por envolvimento em lavagem de dinheiro ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC). As penas variam de 3 a 8 anos de reclusão. A decisão ganha ainda mais relevância porque Gritzbach foi executado a tiros em novembro do ano passado no Aeroporto Internacional de Guarulhos, crime que revelou conexões entre agentes públicos e o crime organizado.

Segundo a sentença, os policiais foram condenados por organização criminosa e falsidade ideológica, relacionadas à escolta irregular do empresário. Quatro réus foram absolvidos, e os que estavam presos preventivamente cumprirão a pena em regime semiaberto. O caso ocorrido em Guarulhos marcou um ponto central das investigações, que seguem em andamento em outras frentes.

Antes de ser morto no aeroporto, Gritzbach havia se tornado delator da Justiça após condenação por lavagem de dinheiro, principalmente por meio de negócios imobiliários de luxo na zona leste de São Paulo. Ele denunciou integrantes do PCC e agentes envolvidos no esquema.

A Polícia Civil aponta o empresário como mandante do assassinato do traficante Anselmo Santa Fausta, o “Cara Preta”, morto em 2021. Mesmo após ganhar liberdade condicional, Gritzbach continuou sob ameaça e chegou a sofrer uma tentativa de execução meses antes de ser assassinado em Guarulhos.

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