‘Autismo não é doença, é uma condição’, diz Alexandra Oniki

Foto: HOJE TV
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Embora muitas pessoas ainda pensem que o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é uma enfermidade, na verdade não é. “O autismo não é doença, é uma condição”, afirmou Alexandra Oniki, fundadora do Centro de Inclusão e Apoio ao Autista de Guarulhos (Ciaag) e diretora do terceiro setor da Associação Comercial e Empresarial de Guarulhos (ACE-Guarulhos), que foi entrevistada pelo jornalista Maurício Siqueira no HOJE TV desta quarta-feira (23).

Essa confusão acontece porque relacionam o fato de o transtorno ser desde o nascimento da criança até o fim da vida. “Primeiramente vamos falar que o autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento que afeta a capacidade de comunicação e de comportamento. Ele tem três graus: o leve, o moderado e o severo. Suas características podem ser identificadas antes dos três anos de idade”, disse Alexandra.

Segundo ela, muitas pessoas por não conhecerem o autismo, acabam deixando-o passar despercebido e, em alguns casos, às vezes a família até percebe, mas não aceita ou finge que não percebe. “Quando a criança chega na escola, por volta dos seis ou sete anos, são os professores que começam a identificar as características e então vão em busca do diagnóstico”, explicou.

De acordo com Alexandra, a característica mais predominante no autismo é a falta de interação. “A criança não interage com o outro, prefere o isolamento e brincar sozinha, tem movimentos estereotipados e comportamentos repetitivos. O movimento do corpo, balançar a mãos, andar na ponta dos pés também são características. A questão da repetição em tudo o que gosta, o autista não consegue lidar com a mudança de rotina. Outro sinal é a falta de contato visual, o autista tem a dificuldade do olho no olho e essas características são percebidas quando se é bem pequeno”, explicou ela.

A diretora contou que muitas famílias vão buscar o diagnóstico por achar que a criança é surda, mas na verdade ela se finge de surda. “Você fala e chama pelo nome, mas ela não olha, te ignora completamente. Porém, quando escuta um som de algo que seja do seu interesse, ela olha. Por isso a família percebe que não existe surdez”, concluiu ela.

O programa vai ao ar de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 9h, e pode ser acessado no Facebook (guarulhoshoje), YouTube (HOJE TV) ou pelo site www.guarulhoshoje.com.br.

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