Antônio Boaventura
Responsável pelas operações de abastecimento e tratamento de esgoto desde o primeiro dia deste ano, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) deve ser privatizada pelo governo do estado. Ainda assim, a gestão do governador João Doria (PSDB) afirma que a relação operacional realizada em Guarulhos permanecerá a mesma.
Para que a privatização seja concretizada é necessário a aprovação da Medida Provisória 868, que altera o marco legal do saneamento básico e está em tramitação no Congresso Nacional. Em caso de aprovação, o Governo do Estado começa o processo de capitalização da companhia.
A gestão Doria também garantiu a manutenção da relação operacional estabelecida entre a empresa de capital misto e o município. De acordo com o Executivo estadual, o maior interesse neste processo é a possibilidade real de investimentos por meio de um ativo tão valioso, que traria recursos para saúde, educação e segurança. Além disso, abriria a possibilidade de a companhia receber capital de investimento para resolver o déficit de saneamento do Estado.
A Sabesp avalia de forma bastante positiva os primeiros meses de atuação em Guarulhos. As obras operacionais nos reservatórios São Miguel e Gopoúva proporcionam melhoras no abastecimento da cidade junto ao aumento de produção das Estações de Tratamento de Água (ETAs) Cabuçu e Tanque Grande, além da implantação de novas redes de distribuição.
Atualmente, são oferecidos 500 litros por segundo de água a mais em relação a dezembro de 2018, o que equivale a cinco estações de tratamento como a existente no Tanque Grande. As alterações graduais no sistema de distribuição viabilizaram o abastecimento diário em grande parte da cidade, como também regularidade maior nos blocos de rodízios ainda existentes.
A companhia também elogiou o trabalho em conjunto com o Sistema Autônomo de Água e Esgoto (Saae), que segundo a Sabesp permite avanços importantes na melhoria das rotinas diárias, fazendo com que, aos poucos, a população perceba essas melhorias.
