Trilha no Mirante Nhanguçu é opção de lazer em Guarulhos

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Do alto de 991 metros, o vento sibila um som agudo que corta o horizonte de rochas pontiagudas e a vegetação típica do cerrado, com bromélias e gramíneas. A paisagem exuberante compõe um dos pontos mais altos e bonitos de Guarulhos: o Mirante Nhanguçu. A opção de lazer fica apenas a 20 km do centro da cidade e a cerca de 40 km da zona norte de São Paulo.

A trilha para subida é bem aberta, não muito íngreme, nem muito extensa. São 40 minutos de caminhada, mas também dá pra ir de carro. Durante o percurso é possível apreciar espécies nativas da Mata Atlântica e avistar trechos exuberantes de uma Guarulhos que pouquíssimos conhecem.

Lá em cima é possível avistar as cidades que fazem divisa com o município, como Mairiporã, Nazaré, Santa Isabel e Arujá, além dos bairros Bonsucesso, Pimentas, Jardim Fortaleza, e os arranha-céus de São Paulo.

A rota faz um giro em 360º. Ao final dela, dá para ter uma visão privilegiada da Serra de Itaberaba, que é o ponto mais alto da região metropolitana. No verão, não dá para perder o pôr do sol.

A equipe do CEA Balneário Água Azul realiza passeios monitorados em grupos. No local é possível conhecer sobre a mata por onde passa a trilha, sobre a pedra predominante no morro, o xisto, além da oportunidade de descobrir outras opções de trilhas pelo município.

De acordo com a Associação Amigos do Patrimônio e Arquivo Histórico (AAPAH), na parte baixa do morro houve extração de minérios no período colonial, como ouro, e foram utilizadas variadas técnicas de garimpo. No século XVII, a literatura cronista de Pedro Taques sobre a Capitania de São Vicente, atribuiu a Geraldo Correia Sardinha a tutela de minerador oficial das minas guarulhenses e apontou os rios Baquirivu-Guaçu e Ribeirão Tomé Gonçalves no Água Azul, uma fonte rica de extração.

Trabalhos arqueológicos da equipe do Geoparque Ciclo do Ouro Guarulhos descobriram a construção de um aqueduto de pedra próximo ao Parque do Água Azul, isso indica que no período colonial se usou a força mecânica das águas para o garimpo nas minas, outro tipo peculiar de extração foi o ouro de ardósia, retirado abaixo de rochas argilosas, típicas da região.

Visita

Com fácil acesso, o visitante também pode ir até o local de ônibus. Basta ir até o Terminal Pimentas, pegar o ônibus 883, com destino ao bairro Água Azul, ou pelo Terminal São João, no coletivo da linha 880. Há uma parada em frente ao Balneário.

Para conscientizar a população sobre a importância da conservação da biodiversidade, o Centro de Educação Ambiental (CEA), da Secretaria de Meio Ambiente, promove cursos, trilhas, palestras e oficinas, na avenida Guanabara, 400, Água Azul.

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