Mulheres acusadas de ataque com soda cáustica se ausentaram em depoimento



Fernando Santiago, delegado do 4º DP, responsável pela investigação da tentativa de homicídio qualificado de uma senhora de 75 anos por supostamente ter jogado uma jarra de soda cáustica no rosto da ex-sócia de sua neta, durante uma briga entre as duas confeiteiras, que eram amigas e sócias, na região de Cumbica, na última quarta-feira (13), aguarda avó e neta prestarem depoimento nesta terça-feira (19).

A data do depoimento era na segunda (18), mas as acusadas da agressão não compareceram à delegacia. O advogado de defesa afirmou que o deslocamento seria inviável por conta de uma publicação feita pela vítima nas redes sociais, que poderia incentivar uma manifestação na delegacia. Apenas o advogado esteve no local e pediu um aumento na segurança, atendido pela delegacia. Mesmo assim, as três não apareceram.

A confusão entre as duas ex-sócias começou quando Daiane Cristina Costa, de 22 anos, postou em uma rede social fotos de bolos que ela faz para vender. Em entrevista à Record TV, ela disse que Gisele teria ensinado a fazer os bolos, no período em que as duas moravam juntas. Quando a sociedade foi rompida, Daiane passou a fazer suas próprias encomendas e estava abrindo uma pequena confeitaria.

Ao publicar fotos de seus trabalhos na internet, a ex-sócia passou a destratar a mesma através dos comentários, ainda segundo Daiane. Após uma ligação, as duas teriam resolvido a briga e combinaram de retirar as publicações das redes sociais. Por volta das 18h, Daiane recebeu um telefonema de Gisele, que a convidou a conversar pessoalmente na casa de Edileuza, mãe da ex-sócia.

No local, região de Cumbica, houve uma nova discussão. Dentro da casa estavam Edileuza, Gisele e sua avó, Maria. Mãe e filha não deixaram a residência. Mas a idosa teria se dirigido até o carro de Daiane, onde ela estava com sua mãe e sua filha de 1 ano, e teria despejado uma jarra com soda cáustica no rosto Daiane, que tentou fugir e foi agredida.

Ainda na entrevista à TV, Daiane contou que sua publicação em uma rede social com data, local e horário do depoimento, não tinha como objetivo causar uma aglomeração de pessoas, que poderiam agredir as acusadas. “Estou aqui só com a minha família. O que eu quero é justiça”, explicou.

O advogado de defesa pediu privacidade para as clientes e alegou que a idosa sofre com problemas de saúde. O pedido de prisão para Maria ainda não foi expedido. A pena pelo crime pode chegar a 30 anos de prisão.

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