Uma menina de 3 anos, identificada como Emanuelle Lourenço Silva Souza, foi assassinada pelo próprio pai, Lucas Silva Souza de 29 anos e pela madrasta, Manoela Cristina César, no Parque Jandaia. O crime aconteceu há cerca de dois meses, mas só nesta quinta-feira (27) a mãe descobriu a verdade. O corpo da criança foi enterrado e concretado na lavanderia da casa do casal, onde ambos viviam com os outros três filhos.
Durante todo esse período, o pai e a madrasta mantiveram uma rotina aparentemente normal, convivendo com a família e evitando levantar suspeitas sobre o desaparecimento de Emanuelle. Enquanto a vida seguia como se nada tivesse acontecido, o corpo da menina permanecia oculto dentro do próprio lar, escondendo a tragédia que se desenrolava por trás das paredes da residência.
A descoberta do crime ocorreu quando a mãe, Gabriella Cardoso Lourenço da Silva, preocupada com o sumiço da filha, foi atrás de respostas. Após dias sem conseguir contato e perceber contradições nas explicações do ex-companheiro, ela foi até a casa do casal e confrontou a madrasta. Durante a discussão, o pai acabou confessando o assassinato.
A avó da menina de três anos descreveu a angústia ao receber a notícia e lembrou da convivência com a neta, que demonstrava medo sempre que a idosa precisava ir embora.
“Eu estava dormindo, não esperava. Foi aí que minha nora chegou batendo na porta do meu quarto, me chamando. Depois ela foi até a cozinha e mostrou o que estava escrito no celular para o meu filho. Ele leu para que eu conseguisse entender. Foi um choque muito grande. Quando ele levava a menina para a casa dele, ela ficava dizendo: ‘Vó, senta aqui, vó. A senhora já vai?’. E, na hora em que eu saía, ela começava a chorar. Ela não queria ficar naquela casa.”
O pai da pequena Emanuelle, afirmou em depoimento à polícia que a madrasta teria sido a responsável pela morte da criança. Segundo ele, a mulher teria se exaltado de forma violenta após a menina urinar na cama. Ainda conforme o relato, o pai declarou não ter presenciado a agressão fatal, mas disse que a madrasta confessou o crime a ele.
De acordo com a conselheira tutelar Rafaela Costa dos Reis, ao chegar à residência, Manoela afirmou que Emanuelle estaria com a mãe, uma versão que não fazia sentido, já que Gabriella procurava desesperadamente pela filha naquele momento. Pouco depois, Lucas repetiu a mesma justificativa, mas acabou se contradizendo durante as perguntas. Pressionado, disse que, se revelasse a verdade, “sairia do Conselho algemado”.
Em relato informal, Lucas afirmou que não presenciou a agressão da companheira à própria filha. Já no depoimento oficial, declarou que Manoela confessou ter matado a criança e que ambos decidiram esconder o corpo para tentar escapar da prisão.
















