Movimentação intensa agita bastidores da política no penúltimo dia para troca de partido

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Antônio Boaventura
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Apesar dos problemas sociais causados pelo Covid-19, a movimentação nos bastidores da política continuam intensos e a todo vapor, principalmente, pelo fato de encerrar neste sábado (04) o prazo para troca de legenda. Sem partido desde que deixou o DEM em meados de 2018, o vereador Professor Jesus, presidente da Câmara Municipal, deve confirmar sua nova legenda apenas neste sábado. Já o prefeito Guti está trocando o PSB, do ex-governador Márcio França, pelo PSD, de Gilberto Kassab, ex-prefeito de São Paulo (SP).

Além do presidente do legislativo guarulhense, o prefeito Guti também deve confirmar até o encerramento do prazo para troca de partidos a sua saída oficial do PSB. O chefe do Poder Executivo municipal deve migrar para o PSD, de Gilberto Kassab, ex-prefeito da cidade de São Paulo (SP). Pela legenda da pomba branca, Guti foi eleito prefeito da segunda maior cidade do Estado, aos 31 anos, com uma votação expressiva. Ele obteve quase 500 mil votos e superou naquele pleito o deputado federal Eli Corrêa Filho (DEM).

Os primeiros parlamentares a puxarem a fila nesta movimentação foram os vereadores Edmilson Souza, que deixou o PT e migrou para o PSOL, e Eduardo Barreto, ex-PCdoB. Aliás, Barreto não trocou apenas de sigla, mas também assumiu a presidência do PROS guarulhense. Ambos os partidos passam a ter representação naquela Casa de Leis a menos de oito meses do encerramento desta 17ª legislatura.

Dos 34 parlamentares que iniciaram a atual legislatura, pelo menos 20 deles devem deixar as siglas partidárias pelo qual se elegeram. Ou seja, quase 60%. Quem está se fortalecendo nesta reta final de mandato é o MDB, do ex-secretario de Direitos Humanos, Lameh Smeili, que conta com a provável chegada dos vereadores Luís da Sede, ex-PRTB, e Alexandre Dentista, expulso do DC, segundo fontes consultadas pelo HOJE.

Entretanto, em contato com a reportagem, o vereador Lameh refutou a possibilidade do MDB receber novos integrantes neste encerramento da chamada janela partidária. “No MDB não entra lideranças que possam ter 1.800 votos. Está descartada a filiação de vereadores”, disse o parlamentar.

O PSD é outro partido que deve reforçar seus quadros políticos na cidade e ganhar corpo na Câmara Municipal. Além do vereador Toninho da Farmácia, Eduardo Soltur, pode confirmar seu retorno, bem dar às boas vindas para Serjão Inovação, que deixou o PSL, e Ramos da padaria, expulso do DEM. Já Sandra Gileno, outra que não faz mais parte do ex-partido do presidente Jair Bolsonaro, acertou sua ida para o Patriota, de Abdo Mazloum, ex-secretário de Meio Ambiente.

A saída do prefeito Guti do PSB provou um verdadeiro efeito cascata na legenda em Guarulhos. O primeiro a confirmar, de forma oficial, sua retirada do diretório guarulhense do Partido Socialista Brasileiro foi o vereador Eduardo Carneiro, que ocupa na Câmara Municipal a função de líder do governo. Ainda não existe definição de um novo partido para se filiar. Apenas o vereador Wesley Casa Forte permaneceu na sigla, bem como Adalmir Abreu, ex-secretário-adjunto de Cultura.

Assim como o PCdoB, PP e PRTB devem perder representatividade naquela Casa de Leis com as saídas dos vereadores Paulo Roberto Cecchinato (PP), que tem como provável destino o Republicanos, Acácio Portella (PP), Luís da Sede (PRTB) e Thiago Surfista (PRTB). Em contrapartida, Carol Ribeiro trocou o MDB pelo PSDB.

O período chamado de “janela partidária”, no qual vereadores que pretendem concorrer à reeleição ou ao cargo de prefeito nas próximas eleições municipais poderão mudar de partido sem correr o risco de perder o mandato eletivo. O prazo para troca de legenda começou no último dia 5 de março e encerra-se neste sábado, seis meses antes da realização do primeiro turno do pleito, marcado para 4 de outubro.

*Atualização realizada no dia 03 de abril de 2020, ás 18h45

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