Assentos, muros e fachadas comerciais são alvos de vândalos na região central


Antônio Boaventura

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A primeira impressão é a que fica. No entanto, a imagem que impressiona chega a chocar o frequentador da rua Dom Pedro, região central da cidade. Naquela via, assentos públicos, muros e fachadas comerciais são alvo de pichadores; a igreja matriz Nossa Senhora da Conceição também não escapou da ação dos vândalos.

“A ACE Guarulhos é contra qualquer tipo de vandalismo que onere o comerciante. Não apenas as pichações. Quanto a esse problema, a ACE cobra o monitoramento por câmeras e o patrulhamento feito por policiais militares e guardas civis municipais a fim de coibir essas ações degradantes”, declarou William Paneque, presidente da ACE Guarulhos.

O HOJE conversou com comerciantes instalados no Calçadão da Dom Pedro, que pediram para não ser identificados. Eles disseram que os atos de vandalismo ocorrem sempre nos finais de semana e que os prejuízos para restauro pode chegar a R$ 10 mil por ano.

Um dos comerciantes afirmou que em muitas oportunidades pensou em manter a imagem deteriorada da fachada de seu comércio por conta da continua ação dos vândalos.

“Do que adianta eu gastar toda vez R$ 1 mil para restaurar a minha fachada e no dia seguinte ela estar novamente pichada? É um investimento que não consta em nosso planejamento e deixamos, assim, de oferecer melhor comodidade e preços competitivos aos nossos clientes. Isso, no meu entender, é caso de polícia”, concluiu.

Alguns afirmam que recebem notificações da prefeitura para remover as pichações das fachadas.

“Não é legal ver essa sujeira nas paredes das lojas. Quem faz isso na rua também deve fazer em casa. Fica muito feio. E o pior é que não adianta muita coisa, por que já vi lojas serem pintadas e poucos dias depois estarem pichadas novamente”, disse a assistente de telemarketing, Maria do Carmo, 25 anos, moradora do bairro Bela Vista.

 

 

GCM diz que competência de coibir é da

PM, mas irá intensificar o patrulhamento

 

A pichação é considerada vandalismo e crime ambiental (Artigo 65 da Lei federal 9605/98) e que pode resultar em pena de detenção de 3 meses a um ano, além de multa para quem pichar, grafitar ou produza qualquer ação que afete edificações ou monumentos urbanos. É uma transgressão recorrente praticamente em todas as cidades do mundo.

A prefeitura reconhece que Guarulhos também convive com esse problema, mesmo com a presença constante do policiamento nas ruas.

A Secretaria de Assuntos para Segurança Pública, por meio da Guarda Civil Municipal (GCM), esclarece que o combate desse tipo de ação é de competência da Polícia Militar.  Contudo, a corporação tem atuado quando efetua flagrantes. Mesmo assim, irá intensificar o patrulhamento na região.

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