Operadores do transporte alternativo invadem sede da STMU para cobrar dívida de R$ 30 milhões

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Antônio Boaventura

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Em virtude de uma dívida aproximada de R$ 30 milhões, operadores do sistema alternativo de transporte resolveram tomar uma atitude drástica nesta quinta-feira (22), em busca de respostas sobre a possibilidade do pagamento deste montante pela prefeitura aos chamados micreiros. Eles invadiram a sede da secretaria de Transportes e Mobilidade Urbana (STMU) para abrir negociação com o secretário Giuliano Locanto.

“Tem valores de 2015, 2016, 2017 e se puxar tudo dá uns R$ 30 milhões. Vão fazer os cálculos por que tem o reprocessamento atrasado. É dinheiro que entra do reprocessamento e da linha. Montamos uma comissão com representantes de todas as garagens. Para não criar uma loucura no transporte viemos pra cá”, explicou Cícero Mossoró, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Autônomos de Lotação (Sidlotação).

De acordo com Mossoró, os prestadores de serviço devem realizar a contratação de um economista para que possa fazer o diagnóstico financeiro dos valores que compõe a dívida que a administração pública possui com eles para apresentar à STMU na próxima quarta-feira (28).

Entretanto, Mossoró revela que a respectiva atitude foi tomada por eles em função da indefinição sobre o pagamento dos valores. Mesmo com a presença da Polícia Militar e da Guarda Civil Municipal (GCM), a ação dos mesmos não foi contida. Mobilizados, os operadores invadiram a sede daquela pasta para que pudessem negociar a forma de pagamento do montante da dívida.

“Invadimos a sala do secretário com todo esse povo e veio a Polícia [Militar] e a GCM pra cá. A passagem aumentou em fevereiro e até agora não recebemos um centavo de aumento. Tinha dois carros com mais de 40 dias sem operar e vai voltar nesta segunda-feira (26). Não levamos nada, mas conseguimos alguma data. Ele prometeu pagar”, concluiu.

Já o secretário Giuliano Locanto, de Transportes e Mobilidade Urbana de Guarulhos, acompanhado por seu adjunto, Márcio José Pontes, afirma que recebeu a comissão de representantes da categoria dos micreiros (profissionais do sistema alternativo ou alimentador do transporte que operam micro-ônibus) na sede da secretaria de Transportes e Mobilidade Urbana, para levar uma pauta de reivindicações.

Entre os principais pedidos da categoria, está o pagamento do reprocessamento até 15 de dezembro (valores de novembro), bilhetagem direta (que tiraria o subsídio pago hoje pela Prefeitura) e a consolidação do reajuste de 6,19%. Uma nova reunião ficou agendada para a próxima semana, em data a ser agendada, quando as questões econômicas serão estudadas para se definir quais medidas deverão ser implementadas.

Locanto ressalta que o ingresso à sede da STMU por parte dos manifestantes não foi reprimido. Não houve tumulto ou qualquer dano ao local. Não se caracterizou uma invasão. A frota do sistema alternativo de transporte coletivo da cidade é composta por 300 veículos que operam em 49 linhas municipais.

Foto: Ivanildo Porto 

 

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