Fatia da Infraero no aeroporto deve ser negociada até o final de 2022

Assunto:Imagens Aéreas Local:Aeroporto André Franco Montoro Data:16.05.2008 Foto:Sidnei Barros/PMG
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Antônio Boaventura

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Proprietária de 49% do Aeroporto Internacional de São Paulo–Guarulhos, em Cumbica, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), que deve ser extinta pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), pretende negociar sua participação até o final de 2022. Este processo não será mais realizado por meio do Plano Nacional de Desestatização (PND).

“Vamos mudar um pouco o mecanismo de venda. Vínhamos tentando emplacar uma venda pelo Plano Nacional de Desestatização (PND), que é conduzido pelo BNDES, mas como queremos uma diretoria na Infraero focada no mercado, nós vamos fazer esta ação por desinvestimento”, revelou Ronei Glanzmann, secretário da Secretaria Nacional de Aviação Civil (SNAC), ligada ao Ministério da Infraestrutura.

A proposta do governo federal é a de promover uma reestruturação no plano de venda desta fatia que ela possui no aeroporto de Cumbica. Sem a presença do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) nesta negociação, a própria Infraero terá a responsabilidade de conduzir este processo. A previsão é que o planejamento possa ficar pronto até os últimos dias do próximo ano.

Entretanto, Glanzmann ressalta que antes deste procedimento haverá conversas com os gestores do GRU Airport, administrador daquele equipamento, e da Investimentos e Participações em Infraestrutura S/A (Invepar). O HOJE obteve informações que estes terão prioridade na aquisição do percentual que o governo federal detém no aeroporto.

“Vamos conversar com o GRU Airport e a Invepar. É ágil e mais rápido fazer este processo pela Infraero. Haverá uma contratação de consultoria financeira, até por que são 49% de poucas regalias e não dá direito a grandes participações. A própria companhia que é a dona formal dessas participações promoverá a venda de suas participações por dentro da empresa”, concluiu.

O leilão do Aeroporto de Cumbica foi realizado em 2012, quando foi arrematado pelo valor de R$ 16,213 bilhões no período de 20 anos pelo consórcio Invepar ACSA, que reúne as empresas Investimentos e Participações em Infraestrutura S/A (Invepar) e a Airports Company South África SOC Limited, empresa da África do Sul. Da participação no consórcio, 90% pertence a Invepar, e os outros 10% são da ACSA.

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