Base e Tiro de Guerra recebem a ‘Ordem do Dia’ em referência ao golpe militar

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Reportagem: Ulisses Carvalho

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A Base Aérea de Guarulhos, localizada na avenida Monteiro Lobato, n°6365, no bairro de Cumbica e o Tiro de Guerra, na rua Ema Meo Steola, no bairro Vila Rosa Minelia, receberam a ‘Ordem do Dia’, um manifesto em alusão ao golpe militar de 31 de março de 1964, de acordo com informações do Ministério da Defesa.

“Cabe esclarecer que a leitura da Ordem do Dia não configura uma comemoração”, alegou em nota o Ministério da Defesa sobre a questão de uma possível celebração relacionada à data no qual o país começou a vivenciar uma ditadura. Prestes a completar 55 anos do golpe, a carta publicada no site oficial do ministério alega que a data no qual os militares tomaram o poder foi um episódio simbólico,  contra o que chamaram de radicalismos, além de informar que o povo brasileiro teve que defender a democracia com os seus cidadãos fardados.

O Comando Militar Sudeste, responsável pelo Tiro de Guerra, informou em nota que não há nenhuma solenidade prevista. “Em contato com o instrutor do Tiro de Guerra de Guarulhos foi passada a informação de que será feita apenas a leitura da Ordem do Dia e um debate com os atiradores”, informou.

O Tiro de Guerra conta atualmente com um efetivo de 99 atiradores e dois instrutores, sendo um sargento e outro subtenente. Já o ministério, alegou que a data tem um viés histórico para o país e que a carta publicada será lida nesta sexta-feira (29), durante as atividades militares, baseada na determinação do presidente Jair Bolsonaro (PSL).  

“Conforme determinação do Presidente da República, este Ministério, junto ao Comando das Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica), publicou, na data de ontem (27) a Ordem do Dia, com viés histórico, que será lida, até 29 de março,  em formaturas e atividades regulares das Organizações Militares”.

O golpe militar pôs fim ao governo do presidente João Goulart, que acabou se refugiando no Uruguai. Após a tomada, foram interrompidas a liberdade de imprensa e mandatos legislativos, além do alto comando das Forças Armadas que passou a realizar a sucessão presidencial.

Foto: Ivanildo Porto

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