Reportagem: Ulisses Carvalho
Imagine um cenário de caos, com a queda de uma aeronave de modelo Boeing 737, em uma comunidade de Guarulhos, e o Corpo de Bombeiros tentando conter o incêndio, além de diversos passageiros feridos. Essa foi a cena do primeiro simulado de acidente aéreo em área urbana na cidade, realizado na manhã desta terça-feira (23), às 10h35, no Centro de Treinamento Work Fire, localizado na Estrada Acácio Antônio Batista, n° 2795, no bairro da Vila Nova Bonsucesso.
O simulado teve duração de uma hora, em uma área de 10 mil m², dividida em nove setores, compostos por posto de comando, triagem de vítimas, área quente, pouso e decolagem de aeronaves para auxilio do resgate, hospital, estacionamento de viaturas e ambulâncias, desvio do trânsito, trajeto entre a triagem e aviões e o estacionamento dos demais veículos. Ao todo, participaram da ação mais de 300 pessoas entre Corpo de Bombeiros, policiais militares, agentes da Secretaria de Transportes e Mobilidade Urbana (STMU), guardas civis municipais (GCM), funcionários do Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (SAMU), militares da Base Aérea, Policia Cientifica e Defesa Civil.
Durante a ação, participaram também dois peritos e uma fotógrafa da Polícia Cientifica, além do simulado contar com um helicóptero da Polícia Civil, no auxilio durante o resgate das vítimas. “Esse evento ele tem sido estudado há quase três meses, e foi uma iniciativa da prefeitura e da Defesa Civil do munícipio, juntamente com o Gru Airport”, destacou em entrevista ao HOJE o major do Corpo de Bombeiros, Adriano Martins.
Também participaram apenas acompanhando o evento três agentes da Defesa Civil das cidades de Itaquaquecetuba e Suzano. Somente na parte da Defesa Civil de Guarulhos houve 30 pessoas, além de 116 militares da Base Aérea de Guarulhos, 14 viaturas do Corpo de Bombeiros, quatro viaturas da concessionária GRU Airport, sendo dois carros utilizados no combate ao incêndio, uma viatura de resgate e um veículo de comando de área.
Ideia do GRU Airport é a realização de um simulado por ano
De acordo com o coordenador de salvamento e combate ao incêndio do GRU Airport, Cláudio Rodrigues de Carvalho, 36, a ideia da administração aeroportuária é fazer um simulado no aeroporto a cada ano. “Após a queda de um avião no Campo de Marte, a Defesa Civil de Guarulhos nos procurou e tivemos a ideia de fazer fora do aeroporto, algo inédito para a resposta e emergência da aviação”, destacou.
Já o tenente e chefe da esquadrilha de proteção de combate a incêndio da Base Aérea de Guarulhos, Márcio Ferreira Favacho, destacou a integração dos grupos no simulado de incêndio em aeronave. “No sítio aeroportuário temos a situação toda favorável ao nosso atendimento, com quantidade água e sabemos onde abastecer. Fora do aeroporto são condições novas, a gente muitas vezes tem que buscar no momento do atendimento condições propicia ao nosso bom trabalho. No modo geral isso foi muito válido, até para a gente congregar todas as equipes que podem trabalhar em um momento”, afirmou.
Foto: Ivanildo Porto
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