Passageiros criticam veto de Bolsonaro a isenção da cobrança de taxa de bagagens

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Antônio Boaventura

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A iniciativa do presidente Jair Bolsonaro (PSL) de vetar a isenção da cobrança de taxa para bagagens de até 23 quilos não foi bem vista pelos passageiros do Aeroporto Internacional de São Paulo–Guarulhos, em Cumbica. A Comissão de Viação e Transportes, da Câmara dos Deputados, espera que a gratuidade possa ser retomada.

“Tendo em vista a decisão do presidente Bolsonaro de vetar a bagagem gratuita em voos domésticos, convoquei a comissão de Viação e Transportes para votar o Projeto de Decreto Legislativo 578/2016 que retoma a gratuidade em benefício do usuário. Essa proposta já foi aprovada no Senado e, se aprovado nas comissões da Câmara, derruba a cobrança e não depende de análise do presidente”, disse o deputado federal e presidente da comissão Eli Corrêa Filho (DEM).

“O valor cobrado pelas bagagens está muito acima da realidade atual. Você até consegue comprar mais baratos pelos sites, mas na hora do embarque pelas agências de viagens cobram outro valor. Na empresa que estou embarcando custa R$ 120. O valor está muito alto”, declarou Ricardo Moura, 34 anos, operador logístico, que aguardava seu embarque para a cidade de Recife.

Já o professor Carlos Pereira, 53, que estava embarcando para Cuiabá, entende que estas cobranças extras para embarque aéreo pesam no orçamento e impedem que os passageiros possam consumir ou adquirir bens e serviços.

“Eu acho ruim por que antes nós tínhamos direito ás bagagens de até 23 quilos e aumenta mais ainda o nosso custo. Em algumas empresas, a antecipação está sendo cobrada. Isso é um absurdo. Você não pode nem fazer o check-in antes”, declarou.

Na semana passada, Bolsonaro vetou trecho da medida provisória, que tinha como objetivo conceder de forma gratuita bagagens de até 23 quilos para passageiros do transporte aéreo. Diante deste cenário, apenas bagagens de até 10 quilos terão a gratuidade garantida. De acordo com a assessoria da presidência, esta medida adotada por ele ocorreu por razões de interesse público e violação ao processo legislativo.

Foto: Ivanildo Porto

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