Possível fechamento da Furp volta a dominar pauta da Câmara Municipal

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Antônio Boaventura

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O possível fechamento da fábrica da Fundação para o Remédio Popular (Furp) voltou à discussão no plenário da Câmara Municipal de Guarulhos na sessão desta terça-feira (1º). Antes de iniciar os trabalhos legislativos, uma comissão de vereadores entregou moção de repúdio contra o possível ato do governador João Doria (PSDB) à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

 O parque fabril da Furp, em Guarulhos, tem mais de R$ 100 milhões em dívidas, é investigada pelo Ministério Público do Estado (MPE) de São Paulo desde 2017 e teve o balanço de 2012 rejeitado pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP). Doria avalia fechar a empresa, a menos que encontre mecanismos para eliminar o déficit.

A ociosidade da fábrica em Guarulhos, neste ano, é de 42%. Em 2018, superou 60%. Com uma dívida de R$ 1,3 milhão, os funcionários cobraram a modernização do maquinário utilizado para a produção de medicamentos. A fábrica na cidade conta com mais de 800 colaboradores, que poderiam produzir até 1 bilhão de comprimidos por ano.

O vereador Eduardo Barreto (PCdoB) afirmou que, além de produzir medicamentos com baixo custo, a Furp regula o mercado e garante a competitividade dos preços e que deve ser encontrada alternativas para manter a operação da unidade na cidade de Guarulhos..

“Uma das principais estratégias do mercado financeiro quando quer se apropriar da coisa pública é depreciar aquele instrumento ao qual tem interesse. Dizer que o estado de São Paulo não tem condições de investir em uma ferramenta tão importante como a Furp, é preocupante”, concluiu.

Foto: Ivanildo Porto

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