Taxistas protestam contra a implantação da categoria “Táxi Premium Luxo”

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Antônio Boaventura

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Tanto a Guarucoop, cooperativa de táxi com atuação no Aeroporto Internacional de São Paulo – Guarulhos, em Cumbica, quanto o Sindicato dos Taxistas Autônomos de Guarulhos não enxergam com bons olhos a implantação de 500 novos alvarás para a criação da categoria Táxi Premium Luxo. E por conta desta condição promoveram um protesto no Paço Municipal contra a proposta do vereador João Dárcio (Podemos) aprovada pela Câmara Municipal nesta semana.

“Estou muito assustada. Não tem passageiros para nós taxistas e mais 500 carros vai nos prejudicar. Esse pessoal que não tiver passageiros vai concorrer com os nossos pontos, principalmente se tiverem dificuldade para pagar a prestação dos carros. A gente não está entendendo se este serviço será prestado por pessoa física ou jurídica”, declarou Gessi Aparecida, presidente do Sindicato dos Taxistas Autônomos de Guarulhos.

Esse novo modelo a ser implantado será classificado como táxi de alto de padrão e seus veículos precisam ter cor predominante preta, automáticos e blindados. A sugestão do representante do Podemos propõe que, inicialmente, sejam concedidos 500 alvarás para a categoria entre pessoas físicas e jurídicas.

“É um projeto que surgiu sem discurso e se quer chamaram a categoria para discutir a proposta. Simplesmente colocaram a proposta sem nenhum estudo. Já tivemos dentro da cooperativa um carro blindado e diante disso não nos trouxe serviço e não melhorou nada. Nossos carros são de luxo e alto padrão. Não dá para entender esse projeto”, disse Waldir Silva, presidente da Guarucoop.

De acordo com o texto do projeto, a tarifa a ser cobrada pelo serviço será de 50% acima da que é praticada pelos táxis comuns. A tabela praticada atualmente tem os seguintes valores: R$ 5,35, Quilômetro rodado (Bandeira 1): R$ 3,42, Quilômetro rodado (Bandeira 2): R$ 4,45 e valor único por transporte de volumes: R$ 1,84.

“A cidade está em eterna evolução. Ela tem que estar em evolução e possui industriários e empresários e por quais motivos eles não podem ter esse serviço. É uma geração de emprego. Talvez alguém esteja influenciando eles e não existe competição” , concluiu o vereador João Dárcio.

Foto: Ivanildo Porto

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