Entrevista do primeiro emprego: como devemos nos apresentar?

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Mãos geladas e suadas, coração palpitante e nervosismo acentuado. Quem nunca passou por isso numa entrevista de emprego? E quem está em busca da primeira oportunidade pode ter outras sensações mais acentuadas de ansiedade, afinal, se sair bem e conquistar a tão buscada vaga é o objetivo da maioria dos jovens ou adultos que querem seu lugar no concorrido mercado de trabalho.

Usualmente, quem está em busca do primeiro emprego não têm nenhuma experiência profissional. Se é o seu caso, isso não quer dizer que você não tenha outros atributos interessantes, os quais são constantemente observados pelas empresas. Minha primeira dica é: tenha calma. Lembre-se que a entrevista de emprego nada mais é do que um bate-papo. 

A entrevista é o momento em que o candidato terá a oportunidade de se fazer conhecido e, ao mesmo tempo, entender melhor a posição para a qual está se candidatando. Por isso, é essencial mostrar exatamente quem você é, falando sobre suas habilidades e seus pontos a desenvolver. Jamais tente criar um personagem para parecer alguém perfeito, mesmo porque essa pessoa não existe, e um bom entrevistador perceberá que você não está sendo natural.

Para quem não tem histórico de empregos anteriores, importante poder mencionar como foram suas experiências de estágio; viagens ao exterior, se houver; algum trabalho desenvolvido na faculdade; ou mesmo um trabalho voluntário que você fez no seu bairro, por exemplo. Todos esses aspectos já dizem muito sobre a pessoa e podem reforçar competências e habilidades que você já tem. 

Como headhunter, sempre digo para os executivos que seleciono, que tudo o que fazemos deixa marcas e constrói experiências. A pessoa que se envolve em ações sociais, por exemplo, mostra que tem empatia com o outro, que gosta de ajudar e que quer construir um legado. Já quem teve a oportunidade de viajar para lugares diferentes ou passou por adversidades e alguns problemas em sua vida pode transmitir informações de que é um profissional com mente aberta, resiliente, criativo e até mesmo de atitude.

Importante também que ao ser selecionado para uma entrevista, você conheça um pouco da empresa, até mesmo para tirar alguma dúvida durante o bate-papo ou mencionar alguma curiosidade que você tenha lido a respeito da companhia. Isso demonstra interesse e conexão com o ambiente. Outros aspectos que podem ser explorados pelo candidato são alguns detalhes sobre o cargo pretendido, como atribuições e tarefas de rotina; o perfil dos colaboradores da equipe; a quem estará subordinado; se a empresa tem programas de diversidade e cultura; se há parcerias com escolas de idiomas ou pós-graduação. Isso tudo demonstra seu interesse em aprender novos idiomas e ampliar seus conhecimentos, além de empatia pela empresa em geral.

Não se esqueça, ainda, de que para muitas pessoas a primeira impressão é a que fica! A credibilidade de um profissional começa pela boa apresentação e postura, e o conteúdo, o que inclui o bom domínio do idioma nativo, no nosso caso, o português, é fundamental. A começar pelo currículo, e depois na entrevista, cuidado com suas palavras. Evite o uso de muitas gírias e tente ser o mais cordial possível, cuidando também da conjugação correta de verbos nas frases.

Mesmo que estejamos vivenciando uma era em que os padrões do passado estão sendo deixados para trás, e o ambiente corporativo esteja trocando poder e controle por trocas mais colaborativas, liberdade de performance e abertura para a diversidade em seus variados aspectos, é sempre bom lembrar que algumas coisas nunca saem de moda e uma delas é como você se apresenta neste ambiente.

O modo de se vestir e se apresentar também conta! E acredite, as aparências ainda fazem diferença e podem abrir (ou fechar) portas. Por isso, na primeira entrevista do tão almejado emprego, não perca sua essência no modo de se vestir, mas adote o equilíbrio como seu aliado: evite roupas informais demais, muito curtas, decotadas, sujas e malpassadas. O excesso de perfumes, maquiagem e adereços deve ser evitado. Lembre-se: menos, geralmente, é sempre mais.

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