Sarau no Parque celebra vida e pertencimento em edição do Setembro Amarelo e Verde

Divulgação / PMG


A edição de setembro do Sarau no Parque, realizada nesta quinta-feira (25), no Parque Júlio Fracalanza, reuniu usuários e trabalhadores da rede de saúde, estudantes e moradores do entorno em uma manhã de integração, arte e reflexão.

O evento, promovido pelo Centro Multiprofissional de Práticas Integrativas e Complementares da Saúde (Cempics) em parceria com o Centro Educacional Júlio Fracalanza, a Biblioteca José Mignella e os serviços da Rede de Atenção à Saúde, abordou dois temas centrais: o Setembro Amarelo, que alerta para a prevenção ao suicídio e a valorização da vida, e o Setembro Verde, dedicado ao envelhecimento saudável.

A programação foi marcada por apresentações artísticas e intervenções culturais. O Coral da Vila encantou com canções que celebram a longevidade e a alegria de viver, enquanto os funcionários do serviço e membros do conselho gestor animaram o encontro com apresentações de dança de salão. Usuários e trabalhadores do CAPS Osório e CAPS AD também integraram a programação, garantindo o caráter inclusivo do sarau.

A música também esteve presente com a participação da cantora guarulhense Elís Lucas, que emocionou ao interpretar A Idade do Céu (versão de Paulinho Moska para a canção de Jorge Drexler) e Pra Melhorar (Marisa Monte e Seu Jorge). Já o estudante Rafael Mendonça Cortez, medalhista da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas, apresentou-se ao teclado, reforçando o protagonismo dos jovens no evento. A apresentação dos participantes ficou a cargo de Victor Lima, com apoio de Beatriz Castanho Carvalho, responsáveis por integrar as atrações e engajar o público.

As artes visuais tiveram espaço garantido com a exposição de pinturas a óleo de Agostinho Ferreira da Silva, artista autodidata de 78 anos e usuário do Cempics, que compartilhou parte de seu acervo. Também foram expostos ikebanas (arranjos florais japoneses) criados na oficina ministrada pela usuária Emico Hara, na última terça-feira (23), no Cempics, trazendo para o evento o simbolismo da mudança de ciclos para celebrar a chegada da primavera.

Além disso, os alunos da Escola Estadual João Crispiniano Soares tiveram seus trabalhos expostos sobre o tema valorização da vida e o projeto Livro no Chão, de Zeka Lima, instalou a Árvore da Gratidão, convidando os participantes a deixarem mensagens positivas.

O Grupo Parque das Artes mais uma vez decorou o parque com crochês amarelos, simbolizando a valorização da vida, e apresentando a colcha de retalhos inspirada na Carta da Terra, que será levada à COP 30.

O Ceresi (Centro de Referência à Saúde do Idoso) Centro também marcou presença, compartilhando experiências sobre o acompanhamento de idosos em processo de fragilização e o suporte a cuidadores e familiares. O grupo realizou ainda um piquenique comunitário no parque. Entre os depoimentos, Dielson Vieira dos Santos, 69 anos, emocionou ao contar que, quando chegou ao Ceresi, estava praticamente morto, pesando 131 quilos, com glicemia 210 e pressão 22. Hoje, após três anos de acompanhamento, ele comemora os resultados: 105 quilos, glicemia 105 e pressão controlada em 12/8.

Ao final, o grupo de danças circulares do Cempics Fracalanza apresentou uma coreografia que deu uma amostra das oficinas realizadas semanalmente no parque e no último domingo do mês na tenda verde do Bosque Maia, celebrando a união entre gerações e saberes. O encerramento foi conduzido pela musicoterapeuta Telma de Moura Reis, que envolveu o público ao som de Dias Melhores, do Jota Quest.

A gerente do Cempics, Denise Antunes, destacou que o sarau é um espaço de convivência que traz a arte e os aspectos da sustentabilidade como ferramentas de autocuidado e de construção de relações harmoniosas, tanto com o planeta quanto com as pessoas, reforçando a ideia de que é possível construir criativamente dias melhores e ações que reverberam na comunidade. Para ela, o objetivo do sarau é valorizar o encontro e as belezas que existem em cada pessoa.

Sobre o Sarau no Parque

Criado há dois anos, o Sarau no Parque se consolidou como um espaço de convivência saudável e produção de cuidado, articulando música, poesia, dança e artesanato para fortalecer laços sociais e promover saúde.

Em 2025, foram realizadas três edições, seguindo o calendário do Programa Movimenta Saúde: em janeiro, abordando o Janeiro Branco e Roxo, com ênfase no bem-estar mental e emocional; em maio, dentro da campanha Maio Amarelo e Laranja, chamando atenção para a segurança no trânsito e para o combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes, e agora, em setembro, celebrando o envelhecimento saudável e a valorização da vida.

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