A vida é um rascunho

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Venho meditando profundamente nas ações do meu cotidiano. Na verdade, tenho tido devaneios dentro daquilo que convencionei chamar de meu mundo. Orbitando nos meus próprios pensamentos eu vou costurando o meu dia-a-dia que mistura atividades físicas, afetividade, companheirismo profissional e familiar, docência, aprendizado, gestão de equipe e projeto pessoais que vão desde os livros, passando por palestras e ações sociais.

Com isso, não raro eu parar por um momento e perguntar-me: qual o meu papel?

É claro que muitas pessoas devem fazer esta pergunta para si próprio constantemente, mas – com uma razoável dose de egoísmo – eu quero uma resposta para mim.

Se eu faço várias coisas ao mesmo tempo e não estou contente com o resultado de nenhuma delas, isto é, não estou contente por fazer “apenas” aquela coisa; poderia mais, por isso o descontentamento -, posso supor que a nossa vida é um rascunho, do qual podemos aprimorar constantemente e não necessariamente considerar a obra acabada, pronta.

Passados alguns anos da morte de minha mãe, referência de força e aconselhamento, eu me conformei com a ausência dela (se isso é possível) quando eu pronunciei para mim a frase “nossa vida é uma obra inacabada e sempre será”.

O meu martírio foi o de imaginar que eu deixei de fazer algo por ela: uma viagem, um beijo, um afago, um carinho, um presente etc… Mas, me bateu uma certeza de que, mesmo que eu fizesse isso tudo, sempre iria faltar alguma coisa, porque nossa vida, na realidade é um rascunho.

Embora, é bom que se diga que certas coisas não são possíveis de apagar.

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