Demissões no Seta Atacadista em Guarulhos podem ultrapassar 1 mil

- PUBLICIDADE -

As demissões no Seta Atacadista de Guarulhos vão chegar a 1.030 funcionários, segundo dados do Sindicato dos Empregados no Comércio de Guarulhos (Sincomerciários). O número de profissionais demitidos já ultrapassa 800 e as próximas unidades a sofrer com a crise da empresa serão as instaladas em Cumbica e Pimentas.

Segundo Jorge Bascegas, advogado no Departamento Jurídico do sindicato, houve duas reuniões com o Seta Atacadista. A primeira na semana passada e a última foi realizada nesta segunda-feira (30) onde representantes do estabelecimento propuseram realizar o pagamento das rescisões de forma parcelada, o que não foi aceito pelo sindicato. “Caso o trabalhador manifeste o desejo de entrar com uma ação contra a empresa, o sindicato irá patrocinar essas ações”, afirmou Bascegas.

Em contrapartida, na última reunião com o sindicato, a empresa se comprometeu a agilizar o processo da homologação, que começará hoje. “A lista com as homologações que ocorrem em Itaquaquecetuba chegou nesta quarta-feira (1) ao sindicato. Nesta quinta-feira (2) serão 100 trabalhadores e haverá mais divisões para os próximos dias, mas o importante é que a empresa agilizou esse processo para o trabalhador retirar o Fundo de Garantia do Trabalhador Social (FGTS) e o seguro desemprego”, revelou Bascegas.

De acordo com o sindicato, a empresa alegou o momento de crise que vive o país, junto com a situação das lojas, que não estariam vendendo, o que dificultaria manter os estabelecimentos que são todos alugados, além da falta de fornecimento de matéria-prima.
Situação – Levantamento do HOJE constatou que a empresa obteve 153 reclamações de clientes no site Reclame Aqui no ano passado; grande parte por escassez dos produtos de higiene, leite e a falta de sacolas em umas das unidades fechadas da região de Mauá.

Um funcionário, que preferiu não se identificar da unidade fechada desta terça-feira (31), no Jardim Presidente Dutra, denunciou que a situação mudou muito há quatro meses. “Foi neste período que as demissões começaram, junto com a falta de material de estoque, pois os fornecedores paralisaram a entrega de mercadoria devido a falta de pagamento da empresa”, revelou.

Reportagem: Ulisses Carvalho
Foto: Ivanildo Porto

- PUBLICIDADE -