CEI da Quitaúna quer que prefeitura não pague as parcelas da compra do aterro

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O presidente da CEI (Comissão Especial de Inquérito) que investiga a compra do aterro sanitário da Quitaúna pela Prefeitura de Guarulhos, vereador Marcelo Seminaldo (PT) e os demais integrantes da comissão decidiram sugerir a suspensão do pagamento das segunda e terceira parcelas de R$ 1,13 milhão cada, previstas para o próximo dia 29 e, a segunda, para 29 de abril de 2018.

“Entendemos que a CEI está trabalhando no contrato de compra desse terreno, se a gente permitir que se pague essas parcela e, lá na frente, concluirmos que foi um mau negócio, é mais difícil reaver o dinheiro”, disse o petista.

Os vereadores querem convocar a ex-secretária municipal de Serviços Públicos, Salete Marra, para depor na Comissão Especial de Inquérito para saber qual motivo que levou a prefeitura a decidir pela aquisição de uma área esgotada ambientalmente. A compra foi feita pelo ex-prefeito Sebastião Almeida nos últimos dias de sua gestão, em dezembro do ano passado.

A CEI vai requerer também à prefeitura dados que permitam localizar o arquiteto Benjamin Harris Hunnicutt Filho, responsável pelas medições, avaliação e parecer para que a área do aterro fosse adquirida. Na ocasião, o arquiteto ocupava cargo comissionado na Secretaria de Assuntos Jurídicos.
“Queremos saber quais foram os critérios utilizados por ele para ter tanta diferença na avaliação da área que, no primeiro momento, era de mais de R$ 30 milhões e depois caiu para pouco mais de R$ 3 milhões”, concluiu Seminaldo.

Durante os trabalhos da comissão, a prefeitura informou que o valor da negociação entre a administração e a Quitaúna, empresa responsável pela coleta de lixo da cidade, seria de R$ 35 milhões. No entanto, o valor sacramentado foi o de R$ 3,4 milhões pela área de 413 mil metros quadrados.

Reportagem: Antônio Boaventura
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Foto: Ivanildo Porto

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