Guarulhos pode economizar R$ 20 milhões por ano com operações do aterro sanitário


Nem tudo está perdido. Apesar de ter seu aterro sanitário próximo do esgotamento, a cidade de Guarulhos pode economizar anualmente a quantia de R$ 20 milhões. Segundo a Abratres (Associação Brasileira das Empresas de Coleta, Transporte, Reciclagem e Tratamento de Resíduos), a alternativa para obter esta economia está atrelada a permuta do espaço para municípios vizinhos.

“A alternativa que a Abratres está propondo aos municípios que possui aterro próprio é operar o aterro a custo zero e permutar o crédito do lixo de outros municípios próximos para custeio da operação do aterro”, explicou o presidente da Abratres, Giordano Alexandre.
A durabilidade do aterro sanitário de Guarulhos é de apenas dois anos, segundo apurou o HOJE. A outra etapa, que está atrelada a aquisição de uma nova área, pode aumentar a utilização do aterro para o descarte por mais de dez anos. Contudo, Giordano entende que o cenário pode ser modificado por meio da implantação do Centro de Tratamento de Resíduos (CTR).

“Neste processo, o caminhão de coleta despeja o resíduo e este passa pelo processo de reciclagem com a separação do lixo. Depois este será aterrado e assim cumprindo a lei de resíduos sólidos”, explicou.
A Abratres apresentou nos últimos dias, em visita ao secretário de Meio Ambiente do Estado, Ricardo Salles, um projeto para reduzir os impactos ambientais causados pelo descarte de resíduos inertes.
“Com o objetivo de suprir a crescente demanda por energia renovável, e cumprir a lei nº 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)”.

Além da sugestão, ele acredita que os materiais descartados nos Pontos de Entrega Voluntária (PEV) precisam passar por um processo diferenciado de descarte.
“Toda poda de árvore e madeira são levadas para o aterro. Tenho a ideia de levar tudo isso para uma usina de reciclagem. A empresa que operar permutada e fizer um CTR, ela consegue elevar a durabilidade do aterro”.

O aterro sanitário, que passará com a ampliação para 541 milhões de metros quadrados, terá um custo anual de R$ 130 milhões para a administração pública. Já Giordano aposta na relação comercial com municípios do entorno para viabilizar a operação de descarte de resíduos de forma sustentável.
“Estamos apresentando soluções para os municípios que estão em dificuldade financeira. Aconselhamos as cidades que possuem aterro próprio, como Guarulhos, a permutarem a operação do aterro e a trabalhar com custo zero e aplicando soluções ambientais corretas”, concluiu.

Reportagem: Antônio Boaventura
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