Padre dança hit “Que tiro foi esse?”, e pede perdão a quem se sentiu ofendido


Os famosos Luciano Huck, Anitta, Nego do Borel, Claudia Leitte, Bruno Gagliasso e o elenco de O Outro Lado do Paraíso, novela global, foram os primeiros. Agora, o padre Cleber Leandro de Oliveira, da paróquia Nossa Senhora de Fátima, no Jardim Tranquilidade, somou-se a este grupo de personalidades que se rendeu ao hit “Que tiro foi esse?”, da funkeira Jojo Todynho, que também cativou milhares de anônimos espalhados pelo país.

Em um vídeo de 30 segundos, gravado no salão da igreja no último dia 10, sábado de Carnaval, padre Cleber é o primeiro a cair ao ouvir o primeiro “tiro” do hit e, posteriormente, ele é acompanhado de vários jovens e pessoas da comunidade religiosa que também se jogam no chão simulando terem sido atingidos.

Na batida do funk, o religioso se levanta rapidamente e dança meio desengonçado para alegria dos fiéis. Ainda na imagem, Rosalina Cristina, de 71 anos, demora a se levantar do chão e é ajudada pelo pároco que não para de gargalhar.

O vídeo – que pode ser assistido no face do Guarulhos Hoje (@GuarulhosHoje) – vem causando polêmica e dividindo a opinião dos internautas. A maioria saiu em defesa do padre, como Vânia Fernandes: “Esse padre é uma bênção, antes de julgar se lembrem que seremos todos julgados…”. Já Ricardo Lima, foi enfático: “Na minha humilde opinião, achei desnecessário o vídeo, acho que não deveria se expor assim…”.

Mas, polêmicas a parte, padre Cleber, que irá completar 36 anos na próxima segunda (19), disse que se assustou com a repercussão. “A partir de uma brincadeira com os jovens da paróquia, não imaginei que chegasse a tudo isso”. Somente no face do religioso, o vídeo já teve mais de 100 mil alcances. No facebook do HOJE, às 13h desta quinta (15), o vídeo já tinha mais de 63 mil visualizações, e mais de 600 comentários. “O tiro foi de alegria”, disse o padre.

A brincadeira ocorreu depois que o religioso participou do CarnaCristo, em Guarulhos, celebrou missa na paróquia e foi brincar o “Fátima Folia” no salão da igreja. “Evangelizamos das 14h às 23h. Ou seja, depois de quase 10 horas de missão, um vídeo de 30 segundos deu mais Ibope até mais que os meus oito anos de sacerdócio”.

Religioso diz que é preciso colocar em prática ações contra a violência

Padre Cleber pediu perdão às pessoas que se sentiram ofendidas com a brincadeira e fez questão de dizer que, em momento algum, teve a intenção de incitar a violência ou mesmo satirizar as vítimas dela. “Os jovens me pediram para gravar e vi a questão do tiro como uma tirada legal, um tiro de alegria. Isso não vai mudar o meu jeito alegre de ser. Continuarei cativando os jovens e evangelizando a partir de Jesus Cristo como sempre fiz”.

Ele disse que vai aproveitar a repercussão para que sejam colocadas em práticas ações concretas contra a violência. “Infelizmente, não temos só a violência do tiro, mas a violência doméstica, contra o idoso, contra a criança e adolescente. Devemos ter ações concretas contra qualquer tipo de violência.
Padre Cleber disse que conversou com o bispo de Guarulhos, Dom Edmilson Amador Caetano diante da repercussão. “Ele entendeu que tudo não passou de uma brincadeira, e me pediu para ser mais prudente”.
Durante a entrevista, dona Rosa, que também dançou “Que tiro foi esse?”, apareceu na sala, e logo foi apontada por padre Cleber: “ela foi que roubou minha cena”, brincou. A mulher disse que as acusações contra o sacerdote são injustas. “Tudo foi uma brincadeira, em um momento de alegria, onde todos dançaram. Já estão até me chamando até de vovó do funk”, afirmou às gargalhadas. (GC).

Popstar nas redes sociais

Já conhecido por evangelizar por meio das redes sociais, padre Cleber é considerado um popstar da igreja católica de Guarulhos. Por meio de lives, ele faz orações diários e reza terços como o da Misericórdia e o Das Mãos Ensaguentadas, sempre por meio de sua página no facebook.
Desde o dia 20 de dezembro, apresenta o programa “Batalha Diária”, no Canal 3 Net-TV Guarulhos, onde por uma hora, faz entrevistas e orações. O programa está aberto para patrocinadores, que podem contatar Pedro Campos, no telefone 012-9.9743-1966. (GC)

Reportagem: Gil Campos
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Foto: Ivanildo Porto

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