CEI não divulga supostas provas contra Zeitune à imprensa e irá aguarda perícia

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Na primeira reunião da Comissão Especial de Inquérito (CEI), que investiga suposta extorsão do vice-prefeito Alexandre Zeitune (Rede), na manhã desta terça (6), os vereadores que fazem parte da comissão optaram por suspender os trabalhos até o resultado da perícia nos áudios, denunciados pelo vereador Marcelo Seminaldo (PT), que comprovariam que Zeitune exigiu a um empresário R$ 12 milhões – sendo, R$ 7 milhões para sua campanha ao governo do estado de São Paulo e R$ 5 milhões para a presidenciável Marina Silva, presidente nacional da Rede.

E tão aguardada divulgação dos áudios por Seminaldo, que assumiu regimentalmente a presidência da CEI, não aconteceu. Apenas Zeitune e o presidente da Câmara, Eduardo Soltur (PSD), receberam cópias de 14 fragmentos de áudios que incriminariam o vice-prefeito e que foram encaminhadas em um pen drive para o escritório político do vereador petista, de forma anônima, dias atrás.

Em comum acordo, os integrantes da CEI decidiram suspender os trabalhos de investigação até a conclusão de uma perícia que será realizada no pen drive ou pronunciamento oficial de Zeitune.
“Defendo que o áudio seja encaminhado para a presidência para perícia e não se torne público para que possa saber se ele é verdadeiro ou não. Devemos repassar o áudio imediatamente para o acusado (Zeitune) e retormar os trabalhos da comissão após a realização da perícia”, defendeu o vereador Geraldo Celestino (PSDB).

Maioria foi contra a divulgação dos áudios sem análise técnica

A maioria dos integrantes da Comissão Especial de Inquérito (CEI) defendeu a divulgação do conteúdo dos áudios à imprensa após realização de uma perícia técnica no pen drive encaminhado ao vereador Marcelo Seminaldo (PT), presidente da comissão. A perícia será contratada pela Câmara Municipal
A exceção foram os vereadores Seminaldo, Genilda Bernardes (PT) e Toninho da Farmácia (PSD), que defendem a abertura do conteúdo ao público sem a necessidade do resultado da perícia. “É preciso abrir, até porque algumas partes do conteúdo já foram publicadas na imprensa”, observou Genilda.
O presidente da Câmara, Eduardo Soltur (PSD), que recebeu cópia dos áudios, também acompanhou a maioria dos colegas que integram a comissão.

Veja a posição dos integrantes da CEI:

– Luís da Sede (PRTB) – Defende a abertura do conteúdo após perícia;
– Moreira (PTB) – Defende a abertura do conteúdo após perícia;
– Geraldo Celestino (PSDB) – Defende a abertura do conteúdo após perícia;
– Toninho da Farmácia (PSD) – Defende abertura sem a realização de perícia;
– Marcelo Seminaldo (PT) – Defende abertura sem a realização de perícia;
– Genilda Bernardes (PT) – Defende abertura sem a realização de perícia;
– Romildo Santos (DEM) – Defende abertura após a realização de perícia;
– Serjão Inovação (PSL) – Não foi encontrado para opinar;
– Carol Ribeiro (PMDB) – Defende abertura após a realização de perícia;
– Eduardo Carneiro (PSB) – Defende abertura após a realização de perícia;
– Acácio Portela (PP) – Defende abertura após a realização de perícia;

Antônio Boaventura
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Foto: Ivanildo Porto

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