Após morte de bebê, família alega negligência do Hospital Geral

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A família da dona de casa Valéria da Silva Souza, 33, moradora da Vila União, alega que houve negligência do Hospital Geral de Guarulhos (HGG), localizado na Alameda dos Lírios, n° 300, no bairro do Parque Cecap, no momento do parto de Valéria, que perdeu o bebê que se chamaria Anthony. De acordo com a cunhada, a coordenadora de eventos Marli Gomes Teixeira, 42, os médicos teriam forçado por diversas vezes o parto normal, quando teria que ser realizado diretamente a cesárea.

“Eles forçaram tanto o parto normal e quando observaram o erro, realizaram a cesárea, porém, mesmo com o nascimento, o bebê sofreu uma parada cardíaca e veio a falecer”, afirmou Marli destacando que não tinha condições de realizar um parto normal, pois Valéria estaria sofrendo de pressão alta e também tinha  pouco líquido na bolsa.

Segundo a coordenadora de eventos, além deste erro que o HGG teria cometido, no momento em que teria ido buscar o laudo de morte do bebê no hospital, constava que ele havia nascido morto, diferente da versão contada pela própria mãe, Valéria, que alegava ter ouvido o choro da criança no momento do nascimento.

Se não bastasse esse problema para a família, no momento em que Marli foi retirar o laudo no Instituto Médico Legal (IML), não constava a parada cardíaca e o sexo do bebê estava errado. “Eu pensava em comprar qualquer presente para o meu sobrinho, mas menos um caixão”, revelou a Marli.

Valéria deu entrada no HGG no dia 27 do mês passado, recebendo alta logo no dia 29. “É uma revolta você ver o seu sobrinho morto. O despreparo desse hospital é total”, destacou a coordenadora. A reportagem do HOJE questionou a Secretaria de Saúde do Estado, que em resposta, alegou que Valéria foi devidamente atendida quando deu entrada na unidade, já em trabalho de parto e com dilatação.

“Mãe e bebê foram monitorados e estavam estáveis. Devido às condições clínicas da mãe e do bebê e à evolução do parto, não havia indicação médica para cesárea inicialmente. Durante o parto, houve parada progressiva da descida do bebê e, por isso, foi iniciado o parto cesáreo. O bebê nasceu sem frequência cardíaca e respiração, sem resposta às medidas de reanimação realizadas pela equipe médica”, afirmou a secretaria destacando também que não consta o equívoco quanto ao sexo do bebê no registro da unidade, já que todos os documentos teriam a indicação do sexo masculino.

Reportagem: Ulisses Carvalho

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