Márcio França provoca João Dória e espera por encontro em debates neste 2º turno

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Antônio Boaventura

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Há exatos três da definição dos candidatos para o 2º turno das eleições para o Governo do Estado, Márcio França (PSB), atual governador, revelou que aguarda com ansiedade o encontro com João Dória (PSDB), que foi prefeito da cidade de São Paulo por 15 meses, nos debates previstos entre os dois postulantes nesta etapa deste pleito eleitoral. Ele também entende que o tucano é o responsável pelo desmonte da legenda que está filiado.

“Eu já disse a ele: ‘Dória, alerto, não tem mais aquele Rodrigo [Tavares (PRTB)] pra você fazer perguntas nos debates. Agora é você e eu. Vai ter que me encontrar’. Está lá em Eclesiástico ‘Um tempo de plantar e um tempo de colher’. Ele plantou, ele vai colher. A discórdia que ele mesmo plantou. O jeito dele conduzir e falar as coisas. Eu tenho 30 anos de vida pública e não criei inimizades”, declarou Márcio França.

O representante do PSB nesta corrida eleitoral acusou Dória de debochar da eficácia dos medicamentos genéricos, que teve sua comercialização aprovada em 1999 pelo, então, presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), após sugestão de José Serra (PSDB), na época ministro da Saúde. Ele também ressaltou que a realidade de seu adversário é outra muito diferente daquela que a população convive.

“Eu vi ele outro dia brincando sobre remédio genérico como se fosse um remédio desprezível. A maioria da população toma remédio genérico. Ele não tem noção do que ele fala por ele vive num mundo tão da lua. Tem o mundo de Bob e tem o mundo de Dória. O mundo de Dória é sofisticado e diferente. Não tem nenhum problema que ele viva nesse mundo. O problema é ele achar que todo mundo tenha de viver nesse mundo”.

Por fim, o atual governador condenou a posição de João Dória em expulsar integrantes do PSDB paulista como Alberto Goldman, ex-governador do Estado, e Saulo Abreu do partido. De acordo com ele, o tucano está colhendo o que plantou, além de aponta-lo como principal responsável pela discórdia dentro daquela sigla partidária.

“O PSDB governa São Paulo há mais de 20 anos. Eu não teria como fazer em poucos meses uma mudança radical por que corria o risco de travar o governo. Agora, naturalmente, com uma nova eleição é diferente por que cada um trabalha do seu jeito. Tenho adversários que é somente naquele momento e não viram meus inimigos. A gente não deve plantar inimizades e nem brincar com as coisas alheias”, concluiu.

“Suas declarações são apenas uma cortina de fumaça”, responde João Dória ás críticas de Márcio França

Candidato pelo PSDB na disputa pelo Governo do Estado, João Dória foi apontado por Márcio França (PSB), seu adversário nesta briga e atual governador, como o principal responsável pelos desentendimentos que ocorreram nos últimos dias entre os tucanos paulista. Em resposta ás críticas do pessebista, ele entende que as declarações de seu oponente são cortina de fumaça para esconder sua ligação com o PT.

“Suas declarações são apenas uma cortina de fumaça para esconder que o seu partido, o PSB, tem ligações históricas com o PT. Questões internas do PSDB dizem respeito somente ao partido, que nestas eleições Márcio França tem criticado sistematicamente. França foi conselheiro do ex-presidente Lula e chegou a ser cotado para Ministro da ex-presidente Dilma”, disse João Dória.

O tucano também acusa o atual governador de atender um pedido do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) em 2012 para ajudar na campanha de Fernando Haddad (PT) na campanha para a prefeitura de São Paulo. E que por esta situação, o mesmo precisou deixar a secretaria de Turismo do Governo do Estado.

“A pedido de Lula, Márcio França também se desligou da Secretaria de Turismo do Governo do Estado em 2012 para fazer a campanha de Fernando Haddad, justamente o prefeito que deixou as prateleiras de remédios do sistema público de saúde da capital vazias”, concluiu.

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