PM impede tribunal do crime, liberta dois reféns e prende homem na Favela do 15, região do Maia

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Reportagem: Ulisses Carvalho 

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Policiais militares libertaram dois reféns de um tribunal do crime na comunidade do 15, localizada no bairro Jardim Cidade Maia, na região central. A PM descobriu o local do cativeiro após uma denúncia anônima, e libertou os reféns que estavam em um barraco na rua Alexandre de Oliveira Calmom, n° 266, além de prender o feirante Joel Ferreira dos Santos,55, acusado de participar na tortura e de ser um dos integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

Outros três suspeitos teriam conseguido fugir escalando um muro após a chegada da PM. Os indivíduos estariam vigiando as duas vítimas para que não fugissem. Além da prisão, os policiais também apreenderam um carregador de pistola calibre 45 e seis munições.

Os policiais foram acionados através do Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), que havia recebido uma denúncia anônima de que duas pessoas estariam sendo mantidas em cárcere privado em um cativeiro e que possivelmente seriam assassinadas no mesmo dia. O caso ocorreu na tarde do sábado (03), às 17h15, e foi registrado no 1° Distrito Policial como sequestro e cárcere privado. As vítimas que estavam sendo torturadas eram o auxiliar mecânico Breno Alves da Silva, 22, e Douglas Santos de Matos, que estariam bastante lesionados, além de no local ser encontrados após perícia da Polícia Civil uma pá, uma enxada, uma picareta e um pedaço de caibro.

Durante depoimento, o indivíduo detido negou ter participação no tribunal do crime, afirmando que mora na Vila Rio de Janeiro e que estava na comunidade apenas para comprar uma pinga, após ter trabalhado como guardador de veículos em uma feira pública. Santos também negou ser integrante do PCC e de acordo com a polícia, já teria sido preso por roubo, tendo ficado no Centro de Detenção Provisória (CDP) Guarulhos I.

Segundo o boletim de ocorrência, as vítimas disseram que os torturadores haviam afirmado que já teriam sido enterradas outras três pessoas na comunidade, vítimas do tribunal do crime, além de alegarem que Santos teria confirmado que estava ali para cavar a cova e que seriam mortos enforcados por um fio.

Vítima foi sequestrada na avenida Otávio Braga de Mesquita

Uma das vítimas que teria sido torturada, Matos, alegou durante depoimento que foi sequestrado na quinta-feira (01), por volta das 22h, quando estava na avenida Otávio Braga de Mesquita ,sendo abordado por quatro homens que estavam em um veículo de cor preta armados com uma pistola. Os indivíduos colocaram um capuz em Matos e o colocaram no porta malas, e quando teria chegado ao barraco, havia dez indivíduos, de acordo com o depoimento da vítima, sendo cinco integrantes do PCC.

A vítima já teria sido levada para o tribunal do crime em 2014. Já a segunda vítima, Silva, teria afirmado a polícia que atualmente está morando na cidade de Ilha Bela, e que esta em liberdade condicional. Silva alegou que estava na frente da comunidade quando teria sido chamada por alguns indivíduos, que o levaram para um barraco, onde estariam mais de dez pessoas e um homem estaria sendo agredido. As duas vítimas, segundo a polícia, alegaram que não faziam parte de nenhuma organização criminosa, porém, teriam sido torturadas por integrantes da facção com coronhadas, socos e até picareta.

Silva e Matos foram conduzidos para o Hospital Municipal de Urgência (HMU), onde foram medicados e liberados.

 

 

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