Baile Funk do Jardim Vermelhão não tinha autorização para ser realizado, diz Prefeitura

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Reportagem: Ulisses Carvalho 

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O ‘Baile do Vermelhão’, como ficou conhecido, não tinha autorização da prefeitura para ser realizado, de acordo com a administração municipal. O baile funk que ocorre sempre aos finais de semana no campo do Vermelhão, localizado na rua da Pátria, no bairro do Jardim Vermelhão, região do Pimentas, chega a atrair quase quatro mil pessoas, de acordo com moradores.

“O baile funk não tinha autorização para ser realizado. Em diversas ocasiões, a GCM, em conjunto com a PM, realizou ações naquele local para impedir a realização dos pancadões”, afirmou em nota a prefeitura. Uma dessas operações em conjunto entre a GCM e a PM foi realizada no dia 9 de março deste ano, sob o nome de Paz Social, no qual acabou com o possível inicio no baile.

No baile funk da madrugada do sábado (17), às 4h, houve muita correria e confusão, culminando na morte de três pessoas que teriam sido pisoteadas. As vítimas são o casal Marcelo do Nascimento Maria, 34 e Micaela Maria de Lima Lira, 27, e o jovem Ricardo Pereira da Silva, 21.

A administração municipal afirmou que a Guarda Civil Municipal (GCM), não participou da ação realizada pela PM no sábado. A correria teria começado após a PM jogar bombas de gás lacrimogênio para dispersar a multidão que assistia ao show do cantor de funk MC Kapela, quando começou a confusão.

Segundo a PM, os policiais teriam sido hostilizados durante a chegada ao baile funk. “Meu primo foi totalmente pisoteado e teve o pescoço quebrado”, afirmou uma prima do jovem de 21 anos, que foi enterrado no domingo (18), no cemitério do Bonsucesso. Silva chegou a ser socorrido para  Policlínica Dona Luiza e o casal foi levado para o Hospital Pimentas-Bonsucesso, porém, não resistiram aos ferimentos e morreram.

Pancadão estaria sendo realizado há seis anos, diz comerciante

Campo onde ocorre o baile funk.

O baile funk já estaria sendo realizado no local a seis anos, de acordo com uma comerciante que preferiu não se identificar, que possui um mini mercado em frente ao campo onde ocorrem os pancadões. “A situação já ocorre em um período de seis anos e no momento da confusão eu estava com o comércio aberto e tive que fechar, porque chegou a entrar jovens para fugir da grande correria que ocorria no campo”, afirmou a comerciante.

No momento do tumulto, quatro jovens teriam entrado no mercado, inclusive uma adolescente que teria perdido os sapatos no meio da correria. “Teve três explosões de bombas de gás lacrimogênio, a primeira, a polícia atacou, a turma se dispersou e em 20 minutos voltaram ao baile, quando a polícia atacou novamente e eles retornaram, houve a terceira vez, quando começou todo o tumulto”.

A comerciante também destacou que o baile funk tem um maior número de pessoas quando vem algum cantor para realizar o show. De acordo com a Polícia Civil, a perícia foi realizada no local no sábado (17) e o boletim de ocorrência foi registrado no 4° Distrito Policial, mas as investigações começam nesta quarta-feira (21), pelo 8° Distrito Policial, a delegacia responsável da região que fica fechada durante os finais de semana e feriados.

O HOJE tentou contato com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP), porém, não houve resposta. Já a corregedoria da PM afirmou que somente a SSP iria se pronunciar sobre este caso.

Fotos: Reprodução Rede Social e Ivanildo Porto

 

 

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