Aterro sanitário corre risco de novo deslizamento de terra, diz a Cetesb

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Antônio Boaventura

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Em reunião com a Comissão de Meio Ambiente, da Câmara Municipal, representantes da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) não descartaram a possibilidade de haver um novo deslizamento de terra no aterro sanitário. O primeiro incidente ocorreu nos últimos dias do ano passado e colocou o município em estado de emergência a partir deste fato.

“Considerando que os fatores de segurança estão abaixo de 1,5, esses valores indicam instabilidade. Com a finalidade de aumentar o fator de segurança contra a ruptura foram exigidas intervenções, como a construção de barreiras de contenção e a retirada da sobrecarga superficial do aterro”, explicou o engenheiro Cristiano Kenji Iwai, assistente executivo da Diretoria de Controle da Cetesb.

Não foi revelado o atendimento das exigências propostas pela Cetesb por parte da administração pública. Com a finalidade de aumentar o fator de segurança contra a ruptura foram exigidas intervenções, como a construção de barreiras de contenção e a retirada da sobrecarga superficial do aterro.

De acordo com Iwai, o mapa de cartografia da Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano (Emplasa) indica a existência de uma nascente no local do deslizamento, que provavelmente foi soterrada pelo lixo. O aterro sanitário recebe em média 1.300 toneladas de resíduos por dia.

O gerente ambiental da Cetesb, Geraldo Junqueira de Carvalho, afirma que, quando houve o deslizamento, milhares de metros cúbicos de lixo invadiram a Área de Preservação Ambiental (APA Cabuçu) e ocorreu a supressão de 4 mil metros quadrados de mata nativa. O acidente aconteceu no mesmo local onde se pretendia instalar a fase 10 do novo aterro, cujo licenciamento está sob análise na Diretoria de Avaliação de Impacto Ambiental da Cetesb.

Por outro lado, a prefeitura protocolou na 2ª Vara da Fazenda Pública medida cautelar para produção antecipada de provas com o propósito de apurar as causas do deslocamento de solo e consequentemente isentá-la de supostas acusações de omissão ou prevaricação neste caso.

Foto: Karina Yamada

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