Pesquisa Fipe aponta redução de congestionamentos em Guarulhos

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Antônio Boaventura

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Pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), com base nos dados fornecidos por empresa de transporte por aplicativo, aponta redução dos congestionamentos em Guarulhos. Foram analisadas informações obtidas entre os anos de 2016 e 2018. Os dados revelaram queda de quase 20% no período.

Foram utilizados dados de viagens intermediadas pelo aplicativo para criar um indicador inédito que examina a evolução dos congestionamentos nos últimos anos. A pesquisa identificou uma redução do trânsito na região de Guarulhos, onde o índice de congestionamento passou de 38,5% em 2016 para 20,7% em 2018.

“O aplicativo não foi uma criação boa somente para quem está trabalhando, mas também para o passageiro. Gosto do serviço e estou sempre utilizando e com isso evito de tirar o meu carro da garagem. Isso sem contar o fato de não estar dentro deste trânsito infernal”, disse Antônio Barbosa, usuário do transporte por aplicativo.

O indicador, que representa o tempo extra dos deslocamentos em relação ao que seria possível se houvesse tráfego livre, foi construído a partir de uma plataforma específica criada por aquela empresa. No site – movement.uber.com -, é possível identificar o tempo médio dos percursos entre centenas de áreas da Grande São Paulo, calculado a partir dos dados agregados de viagens pelo aplicativo.  

“O objetivo do Movement é contribuir com o trabalho de gestores públicos, planejadores urbanos, pesquisadores e interessados em mobilidade. Usando insights obtidos com os dados, é possível avaliar com eficiência o impacto de diferentes políticas e tomar decisões fundamentadas sobre investimentos em infraestrutura”, afirma Ivo Corrêa, diretor de regulação da Uber na América Latina.

Pesquisadores verificaram tempo de viagem na cidade

O estudo da Fipe foi coordenado por Eduardo Haddad, professor titular do Departamento de Economia da FEA/USP que recebeu a missão de explorar as possibilidades de pesquisa com os dados do Movement. Para criar o índice, os pesquisadores verificaram o tempo de viagem de cada área para cada área, em cada hora do dia, para chegar aos menores e maiores valores em cada dia, nos três anos – correspondendo a um total de 26,3 mil horas de trânsito analisadas.

Para ponderar o índice, seguindo metodologia estatística, foram incluídos no cálculo dados da Pesquisa Origem e Destino realizada pelo Metrô. A divisão de áreas também é a mesma da pesquisa, o que facilitará à comunidade acadêmica cruzar os bancos de dados em outras pesquisas. “O resultado é uma medida simples e intuitiva que pode ser utilizada para a análise e o entendimento de diversas questões relacionadas aos congestionamentos urbanos”, concluiu. 

Foto: Ivanildo Porto

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