Prefeitura alega que não existe omissão em relação a coletores sobre ameaça de greve

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A Secretaria Municipal de Serviços Públicos negou que tenha sido omissa com relação a suposta falta de fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) por parte da empresa Trail aos funcionários da coleta de lixo em Guarulhos, como alega a carta pela qual o sindicato dos condutores (Sincoverg) notifica o estado de greve de 72 horas e ameaça deixar a cidade sem o serviço a partir desta quinta-feira (4).

Segundo nota oficial, a pasta afirma que não faz ingerência sobre a administração da empresa Trail e/ou negociação salarial entre empresa e sindicato das categorias. E diz que “a população não pode e não deve ser penalizada com a paralisação deste serviço essencial, ainda mais neste período de pandemia que a cidade de Guarulhos atravessa. Em caso da paralisação da prestação dos serviços, o munícipio adotara as medidas judiciais cabíveis visando o cumprimento do contrato firmado e legislação vigente”.

Ainda de acordo com a administração, o presidente do Siemaco (sindicato que representa a categoria dos coletores) disse o estado de greve refere-se à categoria dos motoristas, excluindo-se os coletores.

A prefeitura afirmou que desde o dia 18/03 após a publicação do decreto 36.723/2020, acompanha a Trail Infraestrutura na adoção de medidas complementares de prevenção ao contágio pelo novo coronavírus. As ações tomadas pela empresa e que teriam sido acompanhadas são: a instalação de compartimentos de água e sabão em todos os caminhões; o fornecimento de álcool gel para os funcionários; e o fornecimento de máscaras para todos os funcionários, após a publicação do decreto estadual 64.959, de 4/05, que obriga o uso.

Sobre essa obrigatoriedade, a Trail informou a Prefeitura que seu setor de medicina de segurança do trabalho recomenda não ser indicado o uso de máscaras por coletores durante o exercício da função por se tratar de atividade insalubre, aumentando o risco de infecção por outras bactérias e não sendo eficiente para o Covid-19. Mesmo assim as máscaras foram entregues, atendendo à determinação legal.

Na carta enviada à empresa, o sindicato, presidido pelo vereador do PT Maurício Brinquinho, afirma que os trabalhadores não pararam durante o período de quarentena e não receberam equipamentos de proteção individual. “A única coisa que a categoria pede é uma negociação justa, com garantia de EPIs para todos e um acordo como reconhecimento do trabalho, sendo consequente um aumento salarial”, diz o Sincoverg.

Procurada, a Trail informou que vem concentrando esforços no sentido de manter, durante a maior crise de saúde pública da história do país, seu compromisso com colaboradores e a sociedade. “Porém, o setor público no país enfrenta uma grave redução de receita. Confiamos que todos os atores envolvidos somem esforços no sentido de manter a prestação de serviços essenciais sem recorrer a expedientes que prejudicariam as famílias, as empresas e toda sociedade de Guarulhos”, afirmou a empresa, em nota.

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