Política: Menos de 50% dos candidatos a prefeito apresentam propostas para o pós-pandemia

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Da Redação
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A pandemia provocada pelo coronavírus transformou as relações nos últimos sete meses, além de promover uma realidade social. A pouco mais de 30 dias do primeiro turno das eleições para prefeito e vereadores, menos de 50% dos candidatos a prefeito apresentaram propostas em seus respectivos planos de governo para este novo cenário. Atualmente, Guarulhos conta com quase 26 mil pessoas infectadas e outras 1.452 mortas em decorrência do contato com o vírus.

Dos 12 candidatos ao Paço Municipal, apenas o atual prefeito Guti (PSD), o vereador Eduardo Barreto (PROS), o ex-prefeito Elói Pietá (PT), o ex-deputado estadual Auriel Brito (PCdoB) e Sandra Santos (PDT) apresentaram medidas para a cidade no que tange a pandemia. Os demais optaram por ignorar esta questão e focar suas propostas em situações triviais para a área da saúde como a implantação de hemocentro, centro oncológico e hospital para atendimento exclusivo à mulher.

No final do mês de julho deste ano, Guti revelou a elaboração de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) para apresentação ao Congresso Nacional com o propósito de receber R$ 12 milhões para compras de vacinas contra a covid-19, caso a cidade não receba rapidamente o antídoto do Ministério da Saúde. “Vamos torcer pra que sejam distribuídas para todos, mas já temos um plano B. Caso demorem essas vacinas, nós já estamos reservando R$ 12 milhões só para comprar a vacina”, afirmou o atual prefeito.

Já Sandra Santos entende que o diálogo com a sociedade é a melhor alternativa para construir propostas para minimizar os impactos causados pelos efeitos do novo coronavírus. “Sabemos que com a pandemia pela covid-19 passaremos por retrações econômicas que vão impactar as finanças do município. Teremos impactos diretos na geração de trabalho e renda, em investimentos na saúde, educação, na arrecadação de impostos e investimentos internos e externos e isso vai abalar a esperança dos guarulhenses”, diz em seu plano de governo.

Em contrapartida, o ex-petista Auriel Brito aposta na ampliação da testagem da população, além de criticar as políticas adotas pela atual gestão. “Vencer essa crise sanitária exige ações firmes e planejamento por parte da prefeitura que deve manter papel ativo e vigilante nas medidas de combate à propagação do vírus e no cuidado com a saúde da população até que o retorno das atividades de modo geral seja seguro”, explicou Brito.

Sem apresentar propostas efetivas, Pietá, que governou a cidade entre 2001 e 2008, classificou esse novo contexto provocado pelo novo coronavírus como complexo. De acordo com o plano de governo petista, a covid-19 foi responsável por expor as deficiências do sistema de saúde municipal, além das fragilidades em outros setores da sociedade guarulhense. “A pandemia da covid-19 lançou à superfície, com cores mais fortes, as deficiências do sistema público de saúde agravadas na atual gestão da prefeitura, as desigualdades sociais e econômicas, que não foram objeto do olhar dos atuais governantes, e intensificou mudanças que já estavam em curso na economia, nas relações de trabalho, nas comunicações. A queda na arrecadação municipal neste período somou-se às anteriores dificuldades fiscais”, diz.

Por fim, Barreto afirma que ainda não é possível decifrar os danos causados pelo vírus. Contudo, o mesmo entende que os problemas exigem soluções inovadoras. “O momento exige mais do que nunca que gestores entendam as dificuldades e encontrem soluções de maneiras inovadoras, já que a crise que era econômica antes mesmo da pandemia transformava-se em uma crise social e, com o isolamento devido a pandemia, esta crise se agravou ainda mais”, afirma.

Adriana Afonso (PL), Néfi Tales (PSL), Rodrigo Tavares (PRTB), Simone Carleto (PSOL) e Wagner Freitas (PTB) não abordam o respectivo tema em seus planos de governo. Já Fran Corrêa (PSDB) e Jovino Cândido (PV) ainda não apresentaram o plano de governo.

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