Dicas para uma viagem tranquila com pets

Foto: Freepik
- PUBLICIDADE -

Além de pensar no conforto, tutores não podem esquecer que a caixa de transporte e o cinto de segurança para pets são equipamentos fundamentais para uma viagem tranquila

Com a flexibilização do isolamento social e a chegada do fim do ano, muitas famílias começam a planejar as férias. Pensando nesse momento, a DrogaVET, rede especializada na manipulação de medicamentos veterinários, aponta algumas dicas para conferir conforto e segurança no transporte dos pets, por carro ou avião. Apesar do Brasil ser considerado o segundo País com maior contingência de animais de estimação do mundo, com 139,3 milhões segundo o IBGE, ainda não há uma regulamentação específica para a condução de pets em veículos. Porém, é preciso atentar-se a três artigos do Código Brasileiro de Trânsito.

Deixar o cachorro com a cabeça para fora da janela, tomando vento, por exemplo, pode gerar uma multa ao condutor. “Segundo o artigo 169 do Código de Trânsito (CTB), a conduta é considerada uma infração leve, pela prática de dirigir sem atenção ou sem os cuidados indispensáveis à segurança. A consequência é a incidência de multa e pontos na carteira. Ou seja, o transporte de animais nunca deve atrapalhar ou tirar a atenção do motorista”, revela a veterinária da DrogaVET”, Farah de Andrade.

Já o artigo 252, inciso II, do CTB, veta o transporte de animais, especificamente, à esquerda do motorista ou entre os braços e pernas, considerando a conduta uma infração média, passível de multa, e o artigo 235, reforça que não é permitido a condução de animais ou cargas na parte externa do veículo. “Só são permitidos em casos devidamente autorizados e a infração é considerada grave, também com penalidade de multa, além da retenção do veículo”, aponta a Farah.

Adicionalmente, a Associação de Medicina do Tráfego (ABRAMET) divulgou uma diretriz inédita com orientações para o transporte seguro de cães e gatos nos diversos meios de transporte. “De acordo como documento, uma das principais recomendações para evitar acidentes é jamais transportar o animal solto dentro do veículo e utilizar dispositivos adequados para o transporte, dado o comportamento imprevisível que alguns pets podem ter pela tensão e ansiedade, colocando todos em risco”, explica a veterinária.

Como transportar os pets em carros

Os tutores precisam investir em acessórios adequados aos portes e características de cada animal de estimação. “É necessário pensar no bem-estar dos pets. A caixa de transporte, por exemplo, deve possibilitar que o animal fique em pé e que possa dar uma volta dentro dela. Outro ponto fundamental é que ela seja presa ao cinto de segurança, caso contrário, pode vir a ser arremessada se ocorrer uma freada brusca ou acidente”, esclarece a veterinária.

Além disso, a profissional explica que os pets nunca devem ser transportados na caçamba de pick-ups ou no porta-malas. “Também não é recomendado que o pet seja colocado no porta-malas dentro da caixa de transporte, pois há perigo de má ventilação, deixando o pet estressado ou até sufocá-lo”, salienta Farah.

Para os pets que não estão habituados com a caixa de transporte, a veterinária indica a opção de transportá-lo no banco traseiro, utilizando cintos de segurança próprios para animais. “Além de seguros, o cachorro tem mais liberdade de movimentos e podem visualizar o tutor e a paisagem externa. Porém, esse cinto de segurança, deve ser usado com um peitoral e nunca com uma coleira ou enforcador, dado o risco de asfixia ou lesões na traqueia, esôfago ou coluna pelo movimento do veículo”, pontua a veterinária.

Ainda, de acordo com o já informado anteriormente, além de não ser permitido transportar animais com a cabeça para fora da janela do veículo, há vários perigos nessa prática. “Pode ocorrer o descolamento da retina pelo contato dos olhos do pet com o vento; poeira, sujeira ou insetos acertarem seu rosto ou olhos; irritar ou machucar as orelhas do animal pelo contato com o vento; ou, ainda, um movimento inesperado do veículo levá-lo a pular ou ser arremessado para fora do veículo”, detalha a profissional.

Outras recomendações da veterinária são: deixar o carro arejado e evitar colocar o som muito alto, já que a audição dos pets é mais sensível. “Em viagens mais longas, é necessário realizar uma parada a cada duas horas para que o animal possa se movimentar, fazer as necessidades, beber água e oferecer alimentação em pequenas quantidades, evitando a distensão gástrica e vômitos associados a broncoaspiração, principalmente em pets com cabeça de formato achatado e focinho curto, conhecidos como braquicefálicos”, orienta.

Para Ivan Moreira, da Surf Dog Family, que já viajou milhares de quilômetros com os labradores Bono e Cacau, e a bull terrier, Bali, o primeiro passo é planejar os detalhes do trajeto. “Sempre pensamos em destinos e em lugares que possamos levar nossos pets e temos o cuidado de pensar não só na distância, mas também no tempo da viagem, nos locais das paradas, e até no melhor horário para viajar etc. Inclusive acabamos de retornar de uma viagem de carro que durou quase 90 dias, passando por seis estados e um total de 6 mil quilômetros de estrada. Durante nossa passagem pela Bahia, resgatamos e adotamos a nova integrante, Moqueca. Por isso, programar as paradas é crucial para que eles possam se hidratar e comer algo.”, comenta o atleta e educador físico, contando que a Surf Dog Family está em uma viagem pelo nordeste brasileiro.

Como transportar os pets em viagens de avião

Para viajar com o pet no avião o tutor deve observar a regra de cada companhia. “Em geral, todas exigem vacinação, laudo médico ou CVI (Certificado Veterinário Internacional), pagamento de taxa específica e uso da caixa de transporte. Há limite de peso e algumas companhias permitem que o pet, a depender o tamanho e porte, viagem a bordo junto com o tutor, embaixo da poltrona à sua frente, por exemplo”, comenta Farah.

Cuidados com a saúde durante as viagens

Um dos aliados dos tutores, principalmente em viagens longas, são os fitoterápicos calmantes manipulados em forma de biscoito, xarope, calda ou pasta e no sabor que o pet gosta: chocolate, picanha, bacon, frutas etc. “Os medicamentos devem ser prescritos pelo veterinário do animal e a administração deve ser iniciada entre 15 a 5 dias antes da viagem, dependendo dos ativos escolhidos”, aponta Farah.

Vale lembrar que é importante estar em dia com todas as vacinas obrigatórias como giardíase, dirofilariose, gripe canina, leishmaniose, e que a vermifugação e o antipulgas nunca devem ser ignorados.

- PUBLICIDADE -