Desde o dia 22 de fevereiro, a Câmara de Guarulhos tem executado nos estacionamentos e nos contornos da sede própria ações de combate à proliferação de pombos. Para isso, foi contratada, por meio de processo licitatório, a empresa Viel, que usou, entre outros meios, serviços de limpeza, dedetização, eliminação de ovos e ninhos, realocação dos pombos e acomodação de telas de náilon em toda a extensão dos galpões, acima da estrutura de iluminação. O objetivo, segundo a empresa, era afastar as aves sem causar danos a elas.
Durante a Sessão Extraordinária realizada no dia 30 de março, um vereador acusou a Câmara de utilizar veneno como método de afastamento das aves e de contratar uma empresa para matá-las. O parlamentar chegou a chamar, no dia anterior, a Guarda Ambiental e ameaçou registrar boletim de ocorrência. Uma equipe de peritos esteve na Casa Legislativa para avaliar possível ocorrência de crime ambiental. Enfim, o serviço foi paralisado.
Em nota, a Diretoria Executiva de Assuntos Administrativos da Câmara afirma que “o vereador agiu de forma exagerada e equivocada, pois não há utilização de veneno; além disso, os pombos, que por ventura conseguem adentrar as redes por alguma fissura, são espantados para aberturas temporárias para escapar, sem maus tratos”. A Casa rechaça a acusação de que teria provocado a morte dos pombos, pois não há nenhum relato neste sentido. Lembra ainda que os trabalhos foram interrompidos para perícia, ocasionando atrasos e aumento dos custos do serviço. E acrescenta: “Temos vários julgados do Tribunal Regional do Trabalho que condenam as empresas por permitir/exigir que os funcionários trabalhem em locais insalubres como eram nossos prédios até poucos dias, cobertos com fezes de pombos”.
