Mais de 100 mil alunos da rede municipal recebem livros com temática antirracista

Camila Rhodes - SE/PMG
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Gestores e profissionais da rede municipal e de entidades parceiras participaram de um bate-papo com o produtor de cinema e teatro, ator e escritor Rodrigo França na manhã desta sexta-feira (17) no Teatro?Adamastor, evento que integrou a programação do Encontro das Artes e Novembro Negro: Tecendo Experiências e (Re)existências nos 20 anos da lei 10.639/2003.

O evento marcou ainda a distribuição dos livros O Pequeno Príncipe Preto e O Pequeno Príncipe Preto para Pequenos, de Rodrigo França, para mais de 100 mil educandos, em entrega simbólica realizada para alunos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental.

Para a subsecretária de Educação, Fábia Costa, é uma alegria realizar o evento, que compõe a programação do Novembro Negro. “Este é um mês de atividades intensas, discussões proveitosas e necessárias, de trocas de boas práticas e reflexão, que estão presentes no nosso currículo e que permeiam todo o trabalho dos profissionais da educação diariamente. No dia de hoje estamos também comemorando uma grande conquista da nossa rede. Por meio do programa Minha Sala de Leitura todos os nossos alunos receberão esses livros muito especiais, cujo autor tem uma trajetória muito interessante para compartilhar com a gente”, destacou.

O evento contou com a apresentação cultural de alunos do curso de balé do CEU Bambi e de bailarinos da Companhia Hélio Lima, marcada por ancestralidade sob a ótica feminina.

A diretora do Departamento de Orientações Educacionais e Pedagógicas (Doep), Solange Turgante, ressaltou a importância de unir o Novembro Negro com o Encontro das Artes. “A literatura e as artes são importantes para estimular as discussões na escola. Por meio da linguagem literária ecoam ações e atividades de fomento a uma educação antirracista, nas quais as crianças podem se expressar livremente. Os professores sabem o quanto é importante ter e trabalhar com livros com esse tema e que têm como personagem principal uma pessoa preta. Para nós hoje é um dia de muita alegria”, comemorou.

O Encontro das Artes e Novembro Negro também convidou os educadores a apurar seu olhar ao evidenciar processos de autoria e criação em arte que contribuam para a construção da identidade dos educandos e para a criação de consciência e criticidade em relação ao racismo.

“Criado na gestão do prefeito Guti, o programa Minha Sala de Leitura é uma grande conquista para rede e motivo de muito orgulho. Hoje cada um dos nossos alunos levará para casa um livro que fala de amor, esperança, educação, de acreditar em si e valorizar sua história. Tenho certeza de que os professores vão trabalhar o livro da melhor forma possível e farão com que as nossas crianças pretas se enxerguem como protagonistas de suas vidas, do país e do mundo, porque é assim que deve ser. Nós, enquanto rede municipal de Guarulhos, trabalhamos muito forte a questão da educação antirracista e sabemos que nas escolas o tema é presente na sala de aula”, disse o secretário de Educação, Alex Viterale.

Cidades Educadores

Durante o mês de novembro é celebrado ainda o Dia Internacional das Cidades Educadoras, evento internacional comemorado no dia 30 de novembro, data em que a Carta das Cidades Educadoras foi proclamada durante o primeiro Congresso Internacional das Cidades Educadoras, realizado em Barcelona em 1990.

A carta tem como objetivo criar consciência sobre a importância da educação e o município de Guarulhos pactua um modelo de cidade regido por valores inclusivos e democráticos, alinhados à Agenda 2030 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável assinalados pela Organização das Nações Unidas.

Para obter mais informações sobre a programação acesse https://portaleducacao.guarulhos.sp.gov.br/siseduc/portal/site/listar/categoria/86/.

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