Cidade de SP tem 1ª morte de covid-19 por falta de atendimento

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Um jovem de 22 anos foi o primeiro paciente infectado pela covid-19 a morrer na fila por uma vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na capital. A morte ocorreu no último dia 13 e foi divulgada nesta quinta-feira, 18, pelo prefeito Bruno Covas (PSDB).

Segundo relatório do Pronto Atendimento São Mateus II, localizado na zona leste da capital, Renan Ribeiro Cardoso deu entrada na unidade por volta das 19 horas do último dia 11. Ele tinha sido diagnosticado com o vírus dois dias antes, mas estava com falta de ar havia sete dias. Ele estava com febre e o raio X mostrou que os pulmões tinham sido afetados pela doença.

Por causa da obesidade e de um quadro de desconforto respiratório leve, foi internado e, no dia seguinte, foi inserido na Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde (CROSS) para tentar uma vaga em outra unidade.

No dia 13, o quadro dele se agravou por volta das 16 horas e foi solicitada a transferência com urgência do jovem, pois o hospital não tinha um ventilador mecânico disponível naquele momento.

Em 15 minutos, a unidade conseguiu um ventilador com outra unidade. Como ele não apresentou melhora, precisou ser entubado, mas teve uma parada cardiorrespiratória e morreu às 17h19. A vaga de UTI foi disponibilizada no Hospital Covid-19 Barradas, o Hospital de Campanha de Heliópolis, na zona sul da capital, 19 minutos após a sua morte.

Em entrevista à TV Globo no último dia 15, a mãe do rapaz, Maria de Jesus Ribeiro Andrade, contou que chegou a conversar com ele por meio de uma videochamada. “Não deu tempo por falta de socorro. Por falta de oxigênio, o meu filho não está aqui.”

Ela também fez um apelo: “Gente, não deixem mais nenhuma mãe, nenhum pai sofrer o que eu estou sofrendo pela perda do meu filho.”

Nas redes sociais, amigos e familiares lamentaram a morte de Cardoso, destacando a alegria e a humildade do jovem.

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