Artesp intensifica prevenção de queimadas na Operação Corta-Fogo


Desde segunda-feira (14), a Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) e as 20 concessionárias que integram o Programa de Concessões Rodoviárias participam da nova edição da Operação Corta-Fogo, programa estadual de prevenção e combate às queimadas coordenado pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (Sima). Com o objetivo de conscientizar a população e intensificar o monitoramento em áreas de maior incidência de focos de incêndio, ações preventivas serão destinadas a evitar ou controlar acidentes causados pela fumaça das queimadas na fase vermelha da campanha, de junho a outubro, quando ações de combate ao fogo e de fiscalização repressiva são priorizadas e as estratégias de comunicação e campanhas preventivas ganham reforço.

Na época mais seca e fria do ano, o inverno, os períodos de estiagem aumentam a propagação de incêndios. Os trechos rodoviários são diretamente afetados porque, além da fumaça comprometer a vegetação que margeia as estradas, agredindo o meio ambiente, há a diminuição considerável da visibilidade dos condutores nas vias. De acordo com o levantamento da Artesp, a partir de informações das concessionárias, em 2020, foram contabilizadas e atendidas 7.805 ocorrências de queimadas, das quais 4.202 (54%) aconteceram no período entre junho e setembro. Os meses mais críticos que apresentaram maior incidência de registros foram agosto e setembro, totalizando 2.575 casos, equivalentes a 33% do total de queimadas ocorridas durante todo o ano de 2020.

Em 2021, assim como em anos anteriores, a iniciativa promovida pela Artesp e pelas concessionárias que administram as rodovias paulistas contemplará campanhas educativas de conscientização, entre os meses de junho e setembro, sobre os comportamentos dos usuários que mais provocam incidentes de queimadas, como soltar balões ou desprezar bitucas acesas de cigarros. As mensagens de alertas serão inseridas nos painéis eletrônicos distribuídos pela malha rodoviária:

“Operação Corta-Fogo: Soltar balões é crime ambiental”

“Operação Corta-Fogo: Não atire cigarros às margens de rodovias”

“Operação Corta-Fogo: Prevenir é melhor do que apagar”

“Operação Corta-Fogo: Incêndio? Ligue 0800 (concessionária) ”.

A ação também será divulgada nas redes sociais da Agência e de suas concessionárias e por meio de cartazes, distribuídos nos postos SAU (Serviço de Atendimento ao Usuário) das autoestradas. “Neste período, queremos garantir a preservação do meio ambiente e da segurança de nossos usuários. Por isso, desenvolvemos ações e medidas preventivas junto às concessionárias que administram as rodovias”, afirma Milton Persoli, diretor geral da ARTESP.

Para agilizar o combate às queimadas, as concessionárias realizam inspeções com viaturas operacionais equipadas com abafadores, que podem ser utilizados em casos de pequenos focos de incêndio, evitando a propagação das chamas. Caminhões-pipa e tanques rebocáveis também ficam de prontidão em pontos estratégicos, para contribuírem no enfrentamento ao fogo.

Governo mobilizado pela causa

Além da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (Sima), a Operação Corta-Fogo envolve diversos órgãos estaduais, tais como o Corpo de Bombeiros, a Coordenadoria Estadual de Proteção e a Defesa Civil (CEPDEC), a Polícia Militar Ambiental (PAmb), a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), a Fundação Florestal (FF) e o Instituto Florestal (IF). Só em 2020, o Governo do Estado de São Paulo registrou 269 focos de incêndio, com a queima de mais de 21 mil hectares de mata. Entre as causas identificadas estão queima de lixo, vandalismo e queda de balão, entre outros.

Por isso, para este ano, estão sendo investidos mais de R$ 7 milhões, para prevenir e combater os incêndios florestais, montante proveniente da Câmara de Compensação (constituída de contrapartidas ambientais e que deve ser investido em áreas protegidas). São contratados bombeiros civis, comprados equipamentos de segurança e locados máquinas e veículos que auxiliem os trabalhos de combate às queimadas na vegetação paulista. Foram contratadas também aeronaves para atuação em incêndios nas regiões mais críticas e secas, onde a probabilidade de incêndio é maior.  O combate com os aviões é mais eficiente, devido à sua capacidade de lançar até 1.500 mil litros de água sobre a mata, o que auxilia o trabalho das equipes de terra que combatem diretamente o fogo.

Queimadas

Uma das principais causas de queimadas que atingem a vegetação às margens das rodovias é o lançamento de pontas de cigarro. Em contato com a vegetação seca, as “bitucas” acesas servem de ignição para iniciar um incêndio.

O lançamento de balões é outro fator de risco. Mesmo sendo crime ambiental, há aumento desta prática nesta época do ano, o que causa vários tipos de danos – não apenas nas áreas verdes, mas também em regiões urbanas. Para que este crime seja combatido, é essencial a participação da população, por meio de denúncias, que podem ser feitas pelos telefones 190 (Polícia Militar) ou 181 (Disque-Denúncia).

Outras possíveis causas das queimadas são a queima de lixo, fogueiras ou a utilização de fogo para limpeza de terrenos ou fins agrícolas, de forma não autorizada. Nas faixas de domínio das rodovias, boa parte dos focos é provocada pela própria população vizinha à estrada, principalmente nas áreas mais próximas aos aglomerados urbanos.

Dicas de segurança

Ao se deparar com um incêndio florestal ou situação de queimada na rodovia, o condutor deve avisar imediatamente o Corpo de Bombeiros (193) ou a Defesa Civil (199), e também para o número 0800 da concessionária responsável pela rodovia. Ao informar a ocorrência, detalhes como a exata localização do foco,  ajudam a equipe de socorro a chegar ao local a tempo para conter as chamas. Além disso, ao cruzar áreas de queimadas, é importante que o motorista adote medidas de segurança, tais como:

– Fechar os vidros do veículo;

– Trafegar com farol baixo aceso;

– Não se aproximar da ocorrência;

– Não parar na faixa de rolamento;

– Manter distância segura do veículo da frente;

– Não ligar o pisca-alerta com o veículo em movimento;

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