Cãozinho tossindo é uma fofurinha mas pode ser colapso de traqueia

Foto: Viktoria B./Pexels
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Você tem percebido que o seu cãozinho está tossindo com frequência? Cuidado, ele pode estar com colapso da traqueia! Trata-se de uma doença progressiva, causada por um enfraquecimento de anéis traqueais. Independente da idade do animal, o problema, que pode ser adquirido ou congênito, pode estar associado também ao relaxamento da membrana da traqueia e à degeneração da cartilagem de anéis traqueais.

De acordo com a Dra. Monica Mac Knight, do Hospital Veterinário Taquaral, os cachorros de pequeno porte são os que apresentam maior predisposição à doença. Raças como Poodle, Yorkshire Terrier e Maltês estão na lista dos mais suscetíveis, tanto machos, quantos fêmeas.

“É bom observar porque essa tosse piora se for feita uma leve pressão no pescocinho do animal ou durante uma leve excitação que ele apresentar por algum motivo. Em pacientes com o quadro mais grave, a língua tende a ficar roxa (cianose), tem falta de ar (dispneia), engasgos, ruídos respiratórios, intolerância à exercícios e até desmaios”, frisa a Dra. Monica.

Segundo a veterinária, um fator preocupante e que se torna ainda mais agravante é a obesidade. Animais gordinhos apresentam, por si só, uma redução de sua capacidade respiratória. “Se ele tem uma crise de tosse, devido à diminuição do espaço, há uma interferência no fluxo de ar que vai para os pulmões e ele sofrer bastante”, salienta.

Além do exame clínico de consultório, a radiografia é um bom recurso para ajuda a definir o diagnóstico. A Dra. Monica ressalta, porém, que não é descartada a necessidade de verificação das vias aéreas com exames como a endoscopia, a traqueoscopia, a broncoscopia e ultrassonografia da traqueia.

A veterinária destaca que não existe uma causa precisa e específica para o colapso de traqueia. Podem ser fatores genéticos, nutricionais, alérgicos, deficiência neurológica, degeneração da matriz cartilaginosa ou outros motivos. Mesmo assim, dá para prevenir. “Manter o animal afastado de poeira e de fumaça, não usar certos modelos de coleiras cervicais apertados, cuidar para evitar a obesidade e, claro, levar o pet periodicamente às consultas veterinárias.

Além de conter o contato do animal com os agentes que provocam ou intensificam os sintomas, uma possibilidade são medicações como antitussígenos, antibióticos, broncodilatadores e corticosteroides, bem como o uso de oxigenoterapia, todos receitados por um especialista.

O pet que não responde a esse tipo de tratamento pode precisar de cirurgia. Normalmente a indicação é para animais que já têm uma redução de 50% ou mais do espaço traqueal. “O principal objetivo da cirurgia é restaurar o diâmetro normal da traqueia sem que interrompa o mecanismo de defesa do paciente”, explica. Porém, a médica-veterinária enfatiza que não há cura para essa doença, somente tratamentos para aumentar a qualidade de vida do animal.

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