SP quer dar 3ª dose a adolescentes e 4ª para maiores de 50 anos com comorbidades

Foto: Governo de SP

A Prefeitura de São Paulo encaminhou, na última quarta-feira, 18, um pedido de autorização ao Ministério da Saúde para aplicação da segunda dose de reforço (“quarta dose”) da vacina contra a covid-19 em profissionais de saúde de todas as faixas etárias e pessoas a partir de 50 anos com comorbidades, além da primeira dose adicional (“terceira dose”) para todos os adolescentes de 12 a 17 anos.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a solicitação leva em conta a tendência de aumento da positividade nos testes rápidos de covid-19, que apresentou porcentual de 2% de 3 a 9 de abril, e de 12,7% de 15 a 21 de abril.

A pasta informa ainda que está preparada com vacinas e insumos, e aguarda o parecer do Plano Nacional de Imunização (PNI) para dar início a essa nova fase de imunização.

Até o momento, apenas idosos a partir de 60 anos e pessoas (tanto adolescentes, quanto adultos) com imunossupressão estavam aptas a receber a quarta dose na cidade de São Paulo. É preciso ter tomado a terceira dose há pelo menos quatro meses.

Aumento de casos de covid-19 no Brasil

Não apenas a cidade de São Paulo, mas todo o País está passando por um aumento dos casos de covid, que voltaram a predominar entre as causas de internação por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), segundo Boletim da Fiocruz. A taxa de transmissão do Sars-CoV-2 também voltou a subir, de acordo com dados da plataforma de monitoramento da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp).

O novo avanço ocorre no momento em que se observa uma estagnação na imunização. Apesar de 80% da população já ter tomado pelo menos duas doses da vacina, a proteção com reforço não é tão alta em algumas faixas etárias. Nos grupos mais jovens, está abaixo da média considerada satisfatória. Entre os menores de 60 anos, por exemplo, menos de 40% das pessoas tomaram a dose de reforço. Nas crianças entre 5 e 11 anos, 32% estão com esquema vacinal completo.

Os números ainda estão distantes dos momentos mais graves, mas esses porcentuais permitem que o vírus continue circulando.

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