GDF não reconhece autistas nível 1 como PCDs e cancela nomeações

Reprodução/Metrópoles
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Diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA) nível 1 de suporte, a professora Cristiane Martins D’Avila de Carvalho, foi do céu ao inferno em 24 de janeiro de 2024. Após passar no concurso público da Secretaria de Educação do Distrito Federal nas vagas destinadas a pessoas com deficiência (PCDs), ela tomou posse no cargo pela manhã. Mas de tarde, no mesmo dia, a nomeação se tornou sem efeito. A Junta Médica da Subsecretaria de Segurança e Saúde no Trabalho (Subsaúde) não reconheceu a educadora como PCD.

Segundo o Movimento Orgulho Autista Brasil (MOAB), pelo menos, 11 candidatos diagnosticados com TEA nível 1 de suporte aprovados no concurso da Secretaria de Educação e chamados para nomeação não foram reconhecidos como PCDs pela Junta Médica da Subsaúde.

O TEA nível 1 de suporte é o quadro mais brando do autismo. De acordo com o MOAB, as condições impõem dificuldades na vida destas pessoas e a legislação brasileira as classifica como PCDs. Em alguns casos, é necessário tratamento médico e a prescrição de remédios.

Ao longo da vida, principalmente durante a fase escolar, Cristiane foi muito tímida. Não se sentia confortável nos lugares e nem conseguia se adaptar a grupos de amigos. Por esta dificuldade em socializar, a educadora levou um longo tempo para concluir a educação básica e o ensino superior.

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